Bilhete Único poderia ser usado para entrar em piscinas, pagar multas e votar

O Bilhete Único substituiu o passe de ônibus, mas poderia também assumir funções como carteirinha de clube, cartão de biblioteca e documento para votar. É o que mostram experiências em várias cidades espanholas.

A ideia não é necessariamente um cartão físico, mas sim um cadastro unificado: o morador usa sempre a mesma identificação ao buscar algum serviço municipal. Com isso, pode apenas mostrar um código para ser escaneado na tela do celular.

A Tarjeta Ciudadana da cidade de Lugo, por exemplo, permite reservar horário para nadar nas piscinas públicas ou para treinar nas pistas de atletismo dos clubes mantidos pela prefeitura.

Na parte de transporte, o saldo do cartão pode ser usado para pagar pelo estacionamento nas ruas ou em garagens, consultar e quitar multas e emprestar bicicletas.

Em Zaragoza, o bilhete serve também para adquirir ingressos para shows e peças de teatro, retirar livros nas bibliotecas e acessar o wi-fi oferecido em locais públicos.

Em Vitoria-Gasteiz, o cartão libera o acesso para participar de votações on-line sobre temas municipais, como definir o destino de verbas do orçamento local.

Mais longe, em Pequim, na China, o Yikatong Card é aceito para fazer compras em alguns supermercados e lojas de conveniência.

Em São Paulo, onde o Bilhete Único permite usar o sistema Bike Sampa, os ônibus, os trens e o metrô, a prefeitura anunciou que pretende trocá-lo pelo pagamento com o celular, como já é feito em Londres. E fará uma licitação para privatizar a gestão do serviço.

A migração do bilhete para o smartphone ainda pode levar alguns anos. Até lá, os milhões de cartões em circulação poderiam ganhar mais funções antes de serem aposentados.

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