Simplificar acesso ajuda a aumentar uso de wi-fi público
Turistas que vão a Madri sem um pacote de dados no celular logo percebem que podem contar com os ônibus para se conectar. Quando um coletivo se aproxima, o aparelho começa a vibrar com alertas de mensagens. E nem é preciso embarcar para checar as redes sociais ou o aplicativo de mapas.
Uma vantagem do wi-fi madrilenho é que ao fazer a conexão com um ônibus, o smartphone ganha acesso ao sinal de todos os outros veículos de forma automática, sem precisar repetir o processo de buscar a rede, digitar o e-mail e clicar em conectar.
Embora pareça simples, repetir esses passos a cada novo acesso faz com que muita gente não use as redes públicas gratuitas de wi-fi. Preencher o mesmo cadastro inúmeras vezes ou lembrar de uma senha que não se sabe onde foi marcada desanima quem tenta se conectar.
Os ônibus paulistanos que ofertam wi-fi, por exemplo, exigem login e senha. Em São Paulo, até dezembro, 897 dos cerca de 15 mil ônibus da cidade ofereciam o serviço, segundo dados da SPTrans. A prefeitura planeja estender a tecnologia para toda a frota até 2020.
A capital também oferece wi-fi livre em 120 lugares públicos, como praças e parques. No metrô, há 40 estações com sinal aberto. As duas iniciativas possuem sistemas de login diferentes.
É possível facilitar o acesso sem deixar de identificar cada usuário, como determina a lei brasileira. Um jeito simples é criar um perfil de conexão único para todas estas redes, como fazem as operadoras de telefonia que oferecem wi-fi a seus clientes em espaços públicos.
Neste modelo, o usuário instala um arquivo em seu celular e sempre que estiver perto de um ponto de acesso público, a conexão entra de forma automática. Encontrar redes invisíveis é uma tarefa que um smartphone pode fazer melhor do que um humano.
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