A Ikea, rede sueca de móveis e itens para casa, dá uma opção ao cliente que não tem carro ou não quer esperar pela entrega: alugar uma van ou furgão, pagar por hora e sair dirigindo para levar o que comprou.

E o aluguel sai mais barato do que o transporte feito pela loja. A van custa € 7 (R$ 29) a cada meia hora na Espanha, com combustível incluso. A entrega tradicional cobra a partir de € 19 (R$ 80).

Nas grandes cidades brasileiras, esta ideia poderia ter um uso importante: facilitar a vida dos moradores de áreas não atendidas pelos serviços de entrega por razões de segurança. No Rio de Janeiro, quatro em cada 10 endereços da cidade são vetados pelos Correios. Isso, claro, se não fossem impostas restrições de local também para quem quisesse emprestar um veículo.

O modelo da Ikea é mais um exemplo da ampliação do modelo de compartilhamento de veículos. Em vez de possuir um automóvel em tempo integral, pode-se contratar um e pagar pelo tempo ou distância de uso, sem se preocupar com itens como manutenção e seguro.

Empresas como Uber e 99 atraem milhares de usuários ao oferecer a comodidade do transporte privado a pessoas sem carro ou que não querem usar o seu. No entanto, há outras demandas a serem cobertas, como a de quem gosta de dirigir, planeja sair com mais de quatro pessoas ou precisa transportar objetos.

Na cidade de São Paulo, a Zazcar permite alugar carros pagando a partir de R$ 10 por hora e mais R$ 0,90 por quilômetro rodado. Como comparação, o Uber, na modalidade X, custa R$ 1,40 por km mais R$ 15,60 por hora de viagem. A Zazcar possui cem pontos de empréstimo na capital, quase todos no centro expandido.

Há um debate se o compartilhamento de carros ajudam ou não a melhorar o trânsito. No entanto, o modelo democratiza o acesso à mobilidade ao facilitar a mais pessoas terem acesso a um veículo particular quando necessário.

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