Cães podem viajar fora da caixa em metrôs da Europa

Eneko Calle, 30, costuma sair para caminhar com a cadela Sua pelas ruas de Bilbao, na Espanha. Quando não quer voltar andando, basta pegá-la no colo e ir para casa de metrô. Com isso, o passeio pode ser mais longo e chegar até cidades vizinhas. Os bichos também são aceitos nos trens regionais.

O acesso dos cães aos trens é liberado em várias cidades da Europa, sendo que várias delas passaram a permiti-los nos transportes nesta década.

Em Bilbao, na Espanha, são aceitos cachorros e gatos com até oito quilos e que tenham coleira de identificação. Eles devem ficar no colo e não podem tocar o chão durante a viagem.

Desde 2016, os pets são bem-vindos no metrô de Madri, exceto nos horários de pico.

Cães no metrô de Madri (Reprodução/Twitter/Comunidad de Madrid)

O site do metrô de Lisboa informa que ali “É admitido o transporte de cães não encerrados desde que não ofereçam perigosidade, estejam devidamente açaimados, contidos à trela curta e acompanhados do respetivo boletim de vacinas atualizado e da licença municipal.”

Em Londres, os cachorros podem andar livremente pelo chão e só precisam ser carregados nas escadas rolantes. Em Berlim, raças de pequeno porte viajam gratuitamente e as de grande porte pagam passagem. Exceto se forem cães-guia.

Nos Estados Unidos, o metrô de Nova York permite cães, mas desde que estejam dentro de uma caixa ou bolsa de transporte. A regra é similar a de cidades brasileiras como Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte, que autorizam cães e gatos levados em caixas.

Em São Paulo, uma lei de 1978 proíbe bichos no metrô e nos trens, exceto cães-guia. Projetos na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa tentam mudar isso, e uma campanha feita na internet juntou mais de mil assinaturas pedindo a mudança.

O transporte de pets nos ônibus, dentro de caixas, foi autorizado na capital paulista em 2015. Mas a liberação não chegou aos transportes por trilhos. 

Levar o cão ou gato nos transportes públicos facilita muito a vida de quem tem um bicho. E se torna um motivo a menos para ter um carro ou chamar um táxi, seja para ir ao veterinário ou para passear. 

Em 2007, o metrô paulista liberou o transporte de bicicletas nos vagões e deu a chance aos ciclistas de aproveitar o fim de semana para conhecer parques e lugares muito distantes de suas casas. Cães, gatos e seus donos ainda esperam a vez de poder passar a catraca.

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