Radar é capaz de flagrar motoristas ao celular, falta de seta e outras infrações
Além de surpreender condutores que desrespeitam os limites de velocidade, modelos de radares criados nos últimos anos são capazes de detectar vários outras infrações, como usar o celular ao volante, dirigir sem cinto de segurança e trocar de faixa sem dar seta.
Um dos modelos mais avançados é o Mesta Fusion, fabricado por uma empresa francesa. Com câmeras de alta definição, ele é capaz de vigiar até oito pistas ao mesmo tempo, em um trecho de 200 metros, e detectar se os veículos estão respeitando a distância adequada até o carro da frente, se sinalizaram antes de trocar de pista ou se fizeram uma ultrapassagem pela direita.
O Mesta também registra se um automóvel entrar na contramão, fizer uma conversão proibida ou parar em cima da faixa de pedestres. Ele grava vídeos de toda a movimentação da estrada, para serem consultados em caso de contestação. O aparelho está em testes na França e em Dubai.
Há também avanços nos radares portáteis. O Velolaser, usado na Espanha, tem 50 cm de altura e pode ser controlado remotamente por tablets a até 50 metros de distância.
A adoção de aparelhos estrangeiros para fiscalizar as ruas leva tempo, pois eles precisam ser adaptados para atender à legislação local. A evolução destes equipamentos permitirá flagrar mais infrações e ampliar o número de multas. Embora essa ideia assuste os motoristas, exemplos como o da Lei Seca mostram que apertar a fiscalização pode ajudar a tornar o trânsito mais seguro.