Sistema de bikes de Lisboa tem modelos elétricos com velocímetro; leia teste
Lisboa mostra que as bicicletas de compartilhamento ainda podem ganhar vários extras. Um deles parece banal, mas torna a experiência de andar pelas ruas mais interessante: um painel com velocímetro.
O marcador informa ao ciclista que dá para atingir 30 km/h em um trecho de ciclovia na margem do rio Tejo, e que nas ruas dificilmente se passa de 20 km/h, devido aos semáforos e desníveis do asfalto. Na comparação com um carro, pode parecer pouco, porem é mais do que velocidade média dos ônibus nos corredores de São Paulo.
Para atingir essas velocidades, há o apoio de um motor elétrico, que dá uma força extra a cada pedalada. Há cinco níveis diferentes de ajuda, ativados por botões.
Com isso, logo na primeira pedalada, a bicicleta ganha mais velocidade do que de costume. Leva alguns minutos para se acostumar com o novo ritmo, mas logo a viagem fica agradável. Dar a partida no semáforo e subir ruas se torna muito mais fácil.
O painel traz outras informações: um contador, que no modelo testado somava mais de 4.000 km rodados, um marcador do tempo de empréstimo e um indicador do nível de bateria.
Apesar da parte elétrica, a bicicleta é quase tão leve quanto modelos de outras cidades. O modelo também tem freio a disco e seis velocidades. A autonomia do sistema elétrico é de 70 km.
O sistema, chamado Gira, por ora atende apenas a uma parte da cidade e limita as viagens grátis a 45 minutos. Assim, quem decide percorrer a ciclovia da beira do Tejo precisa voltar ao ponto de partida para devolver a bicicleta, e corre risco de precisar pagar pelo tempo extra. O passe diário custa 2 € (cerca de R$ 10), e cada período adicional sai por mais 2 €. O pacote mensal custa 15 € (R$ 72) e o anual, 25 € (R$ 121).
Modelos elétricos são mais caros para comprar e manter, mas são muito bem-vindos em cidades cheias de subidas, como São Paulo. Eles podem ser um atrativo para pessoas que querem experimentar a bicicleta mas que se sentem fora de forma para pedalar.