Empréstimo de bikes em Praga usa tecnologia mais simples e reduz custos

Em Praga, um sistema de empréstimo de bicicletas sem estação, chamado Rekola, usa uma tecnologia mais tradicional: em vez de desbloqueio remoto pela internet, as bikes ficam presas em postes e cercas com correntes e cadeados com senha.

Para descobrir a senha e liberar a bicicleta, o usuário baixa o aplicativo, faz o pagamento pelo celular e vê em um mapa onde as bicicletas estão. Ao escolher uma, é informado o código para abrir o cadeado e sair pedalando. Ao fim da viagem, é preciso travar a bicicleta com a corrente e marcar no app onde ela foi deixada.

Os primeiros 15 minutos são grátis. Se o trajeto somar uma hora, custa 24 coroas checas (cerca de R$ 4). Em vez de números, cada bike é identificada por um nome, o que facilita aos usuários reencontrar alguma bike que tenha gostado.

Bikes ficam presas com corrente e cadeado de senha (Rafael Balago/Folhapress)

Sem um sistema de bloqueio e liberação remotos, o custo do sistema diminui. A maioria das bicicletas possui um rastreador GPS, mas fora isso são veículos simples e pouco se diferenciam de uma bike pessoal.

Mais barato, este modelo pode ser opção interessante para cidades pequenas e médias. Embora ele dependa muito, obviamente, da confiança de que as pessoas farão um uso responsável do serviço

A Rekola começou em 2013, como um projeto voluntário, que recebeu financiamento via crowdfunding e utilizava bicicletas doadas e recicladas (daí o nome). Nos anos seguintes, o serviço recebeu investimentos privados e hoje atua em sete cidades checas.

Simples, modelo não possui marchas (Rafael Balago/Folhapress)