Patinetes da Uber não voltarão a operar em São Paulo

O empréstimo de patinetes da Uber, lançado em março em São Paulo, não voltará a operar na cidade.

As patinetes vermelhas e pretas haviam sido retiradas da cidade em meio à pandemia de coronavírus. Procurada pelo blog, a assessoria de imprensa da Uber disse que elas não retornarão mais.

O fim do serviço ocorre em meio a uma decisão global da empresa de deixar de atuar diretamente no empréstimo de patinetes e bicicletas, atividade que possuia em várias cidades do exterior, com a marca Jump.

Em maio, a Uber fez um acordo: repassou para a Lime os seus serviços de bicicletas e patinetes e investiu US$ 170 milhões na empresa.

A Lime é uma das maiores empresas de aluguel de patinetes e bicicletas do mundo, embora esteja encolhendo. Em maio, era avaliada em US$ 510 milhões, mas já teve valor de mercado acima de US$ 1 bilhão.

Com modelos verdes, pretos e brancos, a Lime teve uma breve passagem pelo Brasil: começou a operar em meados de 2019, mas deixou o país no começo de 2020. Ao sair, disse que a decisão foi parte da estratégia de focar em mercados mais lucrativos.

Em outros países onde a Lime ainda opera, será possível emprestar bicicletas e patinetes dela por meio do app da Uber.

A Uber é afetada pela crise do coronavírus, especialmente porque a pandemia levou a uma forte queda nos deslocamentos nas cidades. Em abril, teve 80% de queda nas corridas. No mês seguinte, demitiu ao menos 6.700 funcionários pelo mundo.

A companhia agora busca avançar na entrega de comida e de compras de rotina. No começo de julho, adquiriu a empresa americana de delivery Postmates e incluiu supermercados no serviço Uber Eats.

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