Turbi lança empréstimo de novo BMW esportivo a partir de R$ 50 por hora
O aplicativo Turbi, que oferece carros compartilhados em São Paulo, passará a ter um BMW M235i xDriveGran Coupé para ser emprestado a partir do dia 12.
A tarifa será de R$ 50 a R$ 100 por hora e mais R$ 1 por km rodado. O seguro e o combustível estão inclusos.
Os interessados precisam se inscrever em um site e aguardar em uma lista de espera. Não há limites de tempo de uso ou de distância. É preciso ter cartão de crédito que permita uma pré-autorização de R$ 10 mil.
A expectativa da empresa é ter o modelo disponível ao menos por quatro meses, e estender esse tempo se houver boa procura. O aplicativo oferece vários modelos de carros automáticos, desde modelos populares, como Ford Ka, até outros mais caros, como Mini Cooper.
O M235i foi lançado no fim de 2019 e custa R$ 308 mil. Seu motor 2.0 tem 306 cavalos de potência. Como comparação, um Ka 1.0 tem 85 cavalos.
O BMW precisará ser retirado e devolvido na concessionária Osten, na avenida Sumaré, zona oeste de São Paulo. A loja fez uma parceria com a Turbi para proporcionar o teste, sem contato com vendedores. O cliente abre o carro pelo aplicativo e sai dirigindo.
Para quem nunca havia guiado um carro esportivo antes, caso do autor deste blog, a experiência traz uma série de boas surpresas.
A primeira delas é a projeção de informações no vidro da frente. O velocímetro aparece ali, como se fosse em um jogo. Ao usar o GPS integrado, as informações também são indicadas no para-brisa. Isso ajuda a manter os olhos na pista o tempo todo.
Outro detalhe interessante: um alerta surge no retrovisor para avisar que não é seguro mudar de faixa se houver veículos perto. No trânsito da avenida Rebouças, ele fica aceso quase o tempo todo enquanto as motos passam.
A adaptação à direção é rápida. Aceleração e freios funcionam sem sobressaltos e há enorme estabilidade para curvas e ultrapassagens. Tudo flui.
Chegando na marginal Pinheiros, há espaço para passar de 50 km/h e testar a aceleração. O câmbio automático tem vários modos. No Confort, as trocas de marcha são suaves. No Sport, acelera-se mais rápido. Há também a opção de trocar as marchas manualmente, por borboletas atrás do volante.
Para mexer no câmbio, basta dar leves toques, como se fosse um joystick, em vez de empurrá-lo, como na maioria dos carros. O freio de mão é um botão.
Sigo rumo à rodovia Castello Branco, e lá chego a 100 km/h. Há uma função interessante de travar a velocidade máxima em qualquer número desejado, apertando um botão no volante, o que previne multas e exageros.
O GPS integrado também avisa se o veículo está acima da velocidade daquela via. No entanto, houve dificuldade ao procurar nele o nome de algumas ruas e lugares.
Chega o pedágio de Alphaville. Depois de pagá-lo, a cancela se abre e a pista livre dá a chance de testar a aceleração de zero a cem em breves segundos. Foi um dos momentos mais legais do teste.
Ao estacionar, sensores ao redor do veículo inteiro ajudam a fazer as manobras, como saber exatamente o quanto de espaço há na frente ou dos lados. A câmera de ré auxilia a corrigir o volante para que o carro entre na vaga do jeito certo.
Parado, há nova chance de explorar melhor os muitos botões. O teto solar abre em várias combinações diferentes. O ar condicionado permite duas regulagens, com uma temperatura para o motorista e outra para o passageiro.
No entanto, o excesso de botões e de opções gera dúvidas sobre as funções de cada um. Se houver dificuldade, o carro tem um serviço telefônico para ajudar, que pode ser acionado pela tela no painel.
Ao terminar o teste, vem a sensação de que o carro tem mais coisas para serem exploradas. E fica a torcida para que detalhes como as imagens nos vidros e os sensores laterais cheguem logo a modelos mais populares, pois tornam a experiência de dirigir mais interessante e segura.
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