Venda de bikes elétricas cresce no Brasil e deve atingir 32 mil neste ano
Em meio a pandemia, cresceu a procura por bicicletas elétricas no Brasil, segundo dados da Aliança Bike, que serão divulgados nesta semana e foram antecipados ao blog.
No primeiro semestre, foram comercializadas cerca de 16 mil novas unidades no país. A Aliança, que reúne fabricantes e lojistas do setor, espera que até o fim do ano sejam vendidas 32 mil bikes elétricas ao todo. Em 2019, 25 mil unidades delas entraram no mercado brasileiro.
As bicicletas elétricas ajudam a pedalar por distâncias maiores. Um motor dá força extra aos movimentos do ciclista, o que ajuda a ir mais longe e a subir ladeiras, por exemplo.
Apesar da alta, elas representam apenas 0,6% do mercado total de bicicletas do Brasil. Um dos problemas que travam a expansão é o preço: um modelo elétrico custa alguns milhares de reais, sendo que 85% desse valor corresponde a impostos.
Assim, seu uso acaba restrito a poucos grupos. O perfil médio dos usuários dessas bicicletas é o de um homem, de idade entre 30 e 49 anos, com renda entre R$ 5.000 e R$ 10 mil e morador do sudeste.
Os dados são de estudo feito pelo instituto Multipicidade, com 400 donos de bikes elétricas. A maioria deles (59%) disse usar o veículo para ir até o trabalho ou estudo, e 56% disseram que antes faziam esses trajetos de carro. As viagens somam entre 6 e 20 km, em média.
Para estimular o avanço das e-bikes, a Aliança Bike defende que elas sejam tarifadas de modo igual às bicicletas comuns. Atualmente, esse tipo de modelo paga mais impostos do que produtos como granadas e automóveis.
Além da compra, algumas lojas oferecem aluguel mensal de bikes elétricas. Redes públicas de empréstimo de cidades como Madri e Paris contam com esses modelos, como parte de uma estratégia para que mais gente use a bicicleta como meio de transporte. A Tembici, que opera sistemas como Bike Sampa e Bike Rio, tem planos de oferecer veículos assim nas cidades onde atua.
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