Plataforma que ajuda ônibus a passarem na hora oferece uso grátis para cidades
A empresa Green4T ampliou a oferta que fez ano passado de ceder gratuitamente para as cidades brasileiras uma ferramenta de gestão de dados para controlar melhor a circulação de ônibus urbanos, que os ajuda a cumprir os horários.
Chamada de Trancity, a plataforma permite cruzar informações como o total de passageiros transportados com a frota em operação, linha por linha, para identificar problemas, como excesso de pessoas em um trecho enquanto há veículos rodando vazios em outro.
A ferramenta avalia e combina dados que as cidades geralmente já possuem, como as informações dos rastreadores GPS nos ônibus e o total de passageiros levados.
Ela também monitora onde estão os gargalos do caminho, para que sejam corrigidos. Pode-se mudar a rota, reconfigurar semáforos ou fazer mudanças no asfalto, como pintar faixas exclusivas.
A Trancity também faz análises para indicar quais linhas são mais indicadas para receber ônibus elétricos, além de mapear pontos de alagamento. Em São Paulo, que a usa desde 2014, a plataforma passou a receber dados de previsão de chuvas fortes e alagamentos, para permitir remanejamentos de rotas que passam por locais que costumam ter enchentes.
O sistema também ajuda a manter a frequência dos coletivos, evitando a formação de “comboios”, quando dois ônibus da mesma linha passam a andar colados no trajeto. “Dá para detectar isso e pedir a um dos motoristas que deixe de parar em alguns pontos, para que o intervalo entre eles retorne ao que foi programado”, explica Roberto Speicys Cardoso, CEO da Scipopulis, setor da Green4T que criou a solução.
“Antes da pandemia, o processo de mudança de linhas levava em torno de três meses. Tinha de fazer estudos, documentos, ter aprovação de muita gente. Agora, houve casos de mudança em 15 dias”, conta Cardoso.
Prefeituras interessadas em usar a Trancity podem escrever para o email painelparatodos@green4t.com. O uso será grátis até o fim do ano. Fora da promoção, os valores variam de acordo com o contrato. Em 2020, a empresa disse que o custo geralmente equivalia a cerca de R$ 4 mensais por ônibus monitorado.