Avenidas https://avenidas.blogfolha.uol.com.br Ideias para melhorar a vida nas cidades Tue, 14 Dec 2021 17:44:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Cartão da biblioteca dá entrada grátis em museus e outras atrações de Nova York https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/09/02/cartao-da-biblioteca-da-entrada-gratis-em-museus-e-outras-atracoes-de-ny/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/09/02/cartao-da-biblioteca-da-entrada-gratis-em-museus-e-outras-atracoes-de-ny/#respond Mon, 02 Sep 2019 18:28:26 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/09/dino-met-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1353 Usuários das bibliotecas de Nova York têm direito a ingressos grátis para cerca de 70 atrações culturais na cidade, incluindo alguns dos museus mais conhecidos do mundo, como o Metropolitan e o de História Natural. A entrada nestes lugares custa em torno de US$ 20 (R$ 83).

O programa, chamado Culture Pass, foi iniciado em julho de 2018. Em seu primeiro ano, mais de 70 mil pessoas se cadastraram, segundo o New York Times.

Para se inscrever na rede de bibliotecas de Nova York, é preciso ser morador do estado ou estar estudando ou trabalhando na cidade.

Além dos museus, o programa dá entradas para áreas verdes, como o Jardim Botânico do Brooklin, alguns espetáculos e espaços mantidos por sociedades de história e cultura estrangeira. O Culture Pass também dá acesso prioritário a atrações que já são gratuitas, mas que geram filas para a retirada de ingressos.

Interior da principal biblioteca de Nova York (Dominick Reuter/AFP)

Os usuários podem imprimir as entradas grátis por meio de um site. Há quantidades limitadas por dia para instituições de alta procura. Cada local pode ser visitado uma vez por ano por cada pessoa, e há um limite de dois pedidos por vez. Para fazer novas solicitações, é preciso usar os cupons já gerados.

A ideia da iniciativa é estimular as visitas a espaços culturais e o empréstimo de livros. Na primeira semana do programa, 12 mil pessoas se inscreveram na rede de bibliotecas. O programa é bancado por fundações filantrópicas e pelo Departamento de Cultura municipal.

“Algumas pessoas se sentem intimidadas pelos museus”, disse Linda Johnson, presidente da biblioteca do Brooklyn, no lançamento da iniciativa. “Elas não deveriam ficar de fora de todas as maravilhas culturais oferecidas aos moradores de Nova York.”

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Serviços públicos de qualidade reduzem a criminalidade, dizem colombianos https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/11/27/servicos-publicos-de-qualidade-reduzem-a-criminalidade-dizem-colombianos/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/11/27/servicos-publicos-de-qualidade-reduzem-a-criminalidade-dizem-colombianos/#respond Tue, 27 Nov 2018 19:41:10 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/11/f0dcb349aea14cccb45c012394e917f2345be3360db6fcf45e57441fd2bc6cb4_5ae605ac4ead1-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=878 Para reduzir a violência numa cidade, não basta apostar em mais armas. É preciso também melhorar as condições de vida nas áreas mais pobres, defenderam especialistas e gestores da Colômbia que foram responsáveis por mudanças na cidade de Medellín.

Com um ambiente melhor e mais oportunidades, diminui a chance de jovens escolherem o caminho da violência. “A falta de emprego e de integração com a sociedade abre espaço para o domínio do tráfico e do crime”, disse Carlos Rodriguez, arquiteto e ex-gerente de desenho urbano de Medellín, durante o debate Urbanismo e Segurança Pública, organizado pelo Arq.Futuro na sexta-feira (23) em São Paulo.

Os colombianos também ressaltaram que não basta criar estruturas: elas precisam ser bem-feitas. “Não se pode ter um hospital ou uma escola de uma qualidade boa nas áreas ricas e de péssima qualidade nas áreas pobres. As instalações precisam ter uma boa aparência, uma boa arquitetura e funcionarem bem”, defendeu Gerard Martin, especialista em desenvolvimento social.

Teleférico em Medellín, na Colômbia (Albeiro Lopera/Reuters)

A disparidade da qualidade do espaço público entre áreas pobres e ricas segue gritante no Brasil. Em São Paulo, a condição das ruas e calçadas varia bruscamente, até mesmo dentro de um próprio bairro. O mesmo vale para ônibus, escolas e hospitais.

Em Medellín, cidade de cerca de 2,5 milhões de habitantes, a taxa de homicídios era de 380 por 100 mil habitantes em 1991. Em 2016, essa taxa caiu para 21. No Brasil, está em 29,7. 

A reforma nas áreas pobres de Medellín integrou vários setores diferentes do governo. Ruas e calçadas foram pavimentadas, alargadas e urbanizadas. A ideia foi criar espaços de convivência. “A rua é expressão da dignidade do cidadão”, disse Rodriguez. 

Houve melhorias no transporte, com o reforço de linhas de ônibus e a construção de um teleférico. Para facilitar o acesso às áreas mais altas, escadas rolantes foram instaladas ao ar livre.

Na área de educação, foram inauguradas bibliotecas-parque. “Uma biblioteca é algo que vai dar impacto daqui a dez ou 20 anos, pois vai permitir que uma criança estude e aprenda mais. Com isso, há menos chances de ir para um caminho errado no futuro”, analisa Martin. 

Medellín também apostou em estratégias de policiamento comunitário, planejado quarteirão por quarteirão, e em formas de resolver conflitos entre moradores.

No evento, também foram mostrados projetos de Recife, que passou a implantar centros de educação, cultura e serviços em áreas vulneráveis, e do Rio de Janeiro, onde o projeto das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) naufragou por, entre outras razões, não ter sido acompanhada de melhorias em outros serviços públicos.

Para Ricardo Henriques, ex-presidente do Instituto Pereira Passos, houve dificuldade para coordenar as ações entre dezenas de órgãos de governo. E a lista de serviços e obras a serem feitos nas comunidades também era imensa. Em muitos casos, as ruas e vielas não tinham nome oficial e precisavam ser mapeadas, para que depois disso se pudesse estudar como levar os serviços até elas. 

Inspirada no modelo colombiano, o Morro do Alemão ganhou um teleférico em 2011, que parou de funcionar em 2016 e segue sem previsão de retorno. Ele virou uma triste lembrança do quanto falta a ser feito para integrar áreas pobres e ricas das cidades do Brasil.

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Biblioteca de NY oferece livros para serem lidos no Instagram Stories https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/08/24/biblioteca-de-ny-oferece-livros-para-serem-lidos-no-instagram-stories/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/08/24/biblioteca-de-ny-oferece-livros-para-serem-lidos-no-instagram-stories/#respond Fri, 24 Aug 2018 15:29:02 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/instanovels-covers-150x150.png https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=661 Para aumentar o acesso das pessoas à literatura, a Biblioteca Pública de Nova York lançou um projeto para publicar obras clássicas em versões para o Instagram Stories. A iniciativa é um bom exemplo de como essas instituições podem ir buscar leitores no mundo digital.

A primeira obra, lançada na quarta-feira (22), é uma adaptação de “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll (1832-1898). Nos próximos meses, chegam versões de “O Papel de Parede Amarelo”, conto de Charlotte Perkins Gilman (1860-1935), e de “A Metamorfose”, de Franz Kafka (1883-1924), todas em inglês.

As páginas dos livros são intercaladas por ilustrações e pequenas animações. Para ler cada uma, é preciso manter o dedo pressionando a tela. Foi reservada uma parte da imagem para apertar, de modo a não atrapalhar a leitura.

Páginas reservam lugar para o dedo (Reprodução)

No stories, são exibidas imagens verticais que ocupam toda a tela do celular e duram poucos segundos cada uma (a menos que o usuário impeça o avanço para a imagem seguinte). As obras foram divididas em pacotes, para facilitar a navegação, e ficam salvas no perfil da instituição no Instagram.

“Este projeto está em linha com a missão da biblioteca de fazer o mundo do conhecimento acessível para todos”, disse Carrie Welch, chefe de relações externas da entidade, no comunicado de lançamento da ideia.

A rede de bibliotecas públicas de Nova York, conhecida pela sigla NYPL, tem 92 unidades e recebe 18 milhões de visitantes por ano. O serviço é mantido com recursos públicos e privados.

Interior da biblioteca principal de Nova York (Dominick Reuter/AFP)

Além do Instagram, a instituição também oferece um aplicativo gratuito, chamado SimplyE, no qual é possível ler uma série de livros em celulares e tablets. Usuários registrados nas bibliotecas tem vantagens e podem acessar a todo o acervo, de 300 mil títulos.

No ano passado, em uma ação temporária, a NYPL criou um aplicativo com livros digitais em parceria com o metrô. Os passageiros podiam fazer o download gratuito de várias obras ao se conectar na rede wi-fi das estações.

 

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Bilhete Único poderia ser usado para entrar em piscinas, pagar multas e votar https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/03/12/bilhete-unico-poderia-ser-usado-para-entrar-em-piscinas-pagar-multas-e-votar/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/03/12/bilhete-unico-poderia-ser-usado-para-entrar-em-piscinas-pagar-multas-e-votar/#respond Mon, 12 Mar 2018 14:25:18 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/03/Piscina-Pacaembu-Danilo-Verpa-150x150.jpg http://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=32 O Bilhete Único substituiu o passe de ônibus, mas poderia também assumir funções como carteirinha de clube, cartão de biblioteca e documento para votar. É o que mostram experiências em várias cidades espanholas.

A ideia não é necessariamente um cartão físico, mas sim um cadastro unificado: o morador usa sempre a mesma identificação ao buscar algum serviço municipal. Com isso, pode apenas mostrar um código para ser escaneado na tela do celular.

A Tarjeta Ciudadana da cidade de Lugo, por exemplo, permite reservar horário para nadar nas piscinas públicas ou para treinar nas pistas de atletismo dos clubes mantidos pela prefeitura.

Na parte de transporte, o saldo do cartão pode ser usado para pagar pelo estacionamento nas ruas ou em garagens, consultar e quitar multas e emprestar bicicletas.

Em Zaragoza, o bilhete serve também para adquirir ingressos para shows e peças de teatro, retirar livros nas bibliotecas e acessar o wi-fi oferecido em locais públicos.

Em Vitoria-Gasteiz, o cartão libera o acesso para participar de votações on-line sobre temas municipais, como definir o destino de verbas do orçamento local.

Mais longe, em Pequim, na China, o Yikatong Card é aceito para fazer compras em alguns supermercados e lojas de conveniência.

Em São Paulo, onde o Bilhete Único permite usar o sistema Bike Sampa, os ônibus, os trens e o metrô, a prefeitura anunciou que pretende trocá-lo pelo pagamento com o celular, como já é feito em Londres. E fará uma licitação para privatizar a gestão do serviço.

A migração do bilhete para o smartphone ainda pode levar alguns anos. Até lá, os milhões de cartões em circulação poderiam ganhar mais funções antes de serem aposentados.

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