Avenidas https://avenidas.blogfolha.uol.com.br Ideias para melhorar a vida nas cidades Tue, 14 Dec 2021 17:44:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Google Maps oferece rotas para economizar combustível nos EUA https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2021/10/26/google-maps-oferece-rotas-para-economizar-combustivel-nos-eua/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2021/10/26/google-maps-oferece-rotas-para-economizar-combustivel-nos-eua/#respond Tue, 26 Oct 2021 15:23:16 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/google-maps-e1635261465663-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=2196 O Google Maps lançou neste mês, nos Estados Unidos, uma função para apontar qual rota os motoristas podem usar para gastar menos combustível na viagem e, assim, poluirem menos.

O cálculo para apontar o trajeto mais econômico e menos poluente leva em conta fatores como a elevação do terreno e trechos onde é possível manter a velocidade estável por mais tempo. Acelerações constantes aumentam o consumo de combustível.

O aplicativo indicará também a rota mais rápida, se for o caso, e a diferença de tempo e de economia de combustível prevista. O usuário pode escolher se quer deixar a opção de caminho mais econômico ou mais rápido como padrão na hora de fazer buscas.

As rotas mais econômicas foram criadas a partir de dados do Departamento de Energia dos Estados Unidos e com o uso de inteligência artificial. A tecnologia por enquanto só está disponível em algumas cidades dos EUA e deve ser levada para a Europa e outros locais a partir de 2022.

O Google estima que a mudança teria poder para prevenir a emissão de 1 milhão de toneladas de emissões de carbono por ano, o que significaria 200 mil carros a menos nas ruas. A medida pode ajudar a reduzir a poluição do ar e o aquecimento global.

A empresa também anunciou que expandiu dados sobre aluguel de bicicletas para mais de 300 cidades pelo mundo, incluindo São Paulo. Assim, é possível ver se há bicicletas disponíveis em estações de empréstimo perto do ponto de partida, e se há espaço para devolvê-la perto do destino, o que facilita muito o planejamento da viagem.

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Holanda reduz velocidade máxima a 100 km/h para conter poluição https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/11/13/holanda-reduz-velocidade-maxima-a-100-kmh-para-conter-poluicao/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/11/13/holanda-reduz-velocidade-maxima-a-100-kmh-para-conter-poluicao/#respond Wed, 13 Nov 2019 14:42:45 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/9c32b12d55aebc358467399da3be9ec90f45931de604fd39f29ce79dd6fd4333_5da0523604d1d-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1521 O governo da Holanda anunciou nesta quarta-feira (13) que o limite de velocidade para os automóveis em todo o país será reduzido para 100 km/h, como parte de um pacote para reduzir a poluição do ar.

A restrição entrará em vigor em 2020 e valerá apenas durante o dia. De noite, o limite atual, de até 130 km/h, será mantido. Rodar a velocidades mais altas aumenta o consumo de combustível.

A mudança foi anunciada como forma de impedir que o país precise paralisar obras, como construir novas casas e estradas, para se manter dentro das metas de poluição estabelecidas pela União Europeia.

“Estou terrivelmente chateado, é terrível, mas de outro modo as pessoas estariam sem emprego no Natal”, disse o premiê Mark Rutte, ao anunciar a mudança.

Estrada em Lelystad, na Holanda (Piroschka van de Wouw/Reuters)

A Holanda está sendo pressionada pela UE por não respeitar os limites de emissão de nitrogênio estabelecidos pelo continente nos últimos anos.

Com a redução, o país terá o menor limite de velocidade da Europa, ao lado do Chipre. A média no continente é de 130 km/h, segundo levantamento da BBC.

A pecuária, outra atividade que gera gases poluentes, também será alvo de medidas, como a inclusão de uma enzima na alimentação do gado, para reduzir sua emissão de óxido de nitrogênio.

No mês passado, fazendeiros bloquearam estradas em protesto depois que o governo cogitou reduzir o número de animais confinados como estratégia para reduzir a poluição.

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Madri terá linhas de ônibus grátis na área central https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/09/30/madri-tera-linhas-de-onibus-gratis-na-area-central/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/09/30/madri-tera-linhas-de-onibus-gratis-na-area-central/#respond Mon, 30 Sep 2019 17:20:37 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/09/IMG_4889-1-320x213.jpeg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1438 A prefeitura de Madri anunciou nesta segunda-feira (30) que criará duas linhas de ônibus gratuitas para circular na área central da cidade.

Os novos trajetos terão ônibus que não emitem poluentes. Com isso, o programa foi apelidado de “dobro zero”: zero emissões e custo zero para os passageiros.

Uma das linhas fará um trajeto leste-oeste, da avenida Felipe 2 até a praça Moncloa, passando perto do parque do Retiro e pela Gran Via, uma das avenidas mais conhecidas da cidade. O trajeto tem cerca de 4 km.

A outra irá de norte a sul, da Glorieta de Quevedo até a Porta de Toledo, em um traçado de cerca de 5 km.

O centro de Madri é uma área restrita para carros poluentes desde o fim do ano passado. O prefeito José Martínez-Almeida, que tomou posse em junho, tentou afrouxar a medida, mas foi impedido pela Justiça.

Manifestantes protestaram contra fim de multas para carros poluentes em Madri em 29 de junho – Juan Medina/Reuters

A prefeitura da capital espanhola promete aumentar a frota de ônibus elétricos de 68 para 668 nos próximos oito anos. A cidade tem ao todo 2.000 coletivos.

Além da poluição do ar, os ônibus elétricos também reduzem o ruído nas cidades, pois seus motores são silenciosos.

Há a expectativa de que, nos próximos anos, o avanço na tecnologia das baterias abra espaço para a expansão dos ônibus elétricos. As baterias precisam ficar mais leves, mais baratas e serem capazes de armazenar mais energia.

A transição para este modelo caminha lentamente no Brasil, onde o diesel segue sendo o principal combustível usado nos ônibus.

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Aplicativo mapeia lugares silenciosos nas cidades https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/08/14/aplicativo-mapeia-lugares-silenciosos-nas-cidades/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/08/14/aplicativo-mapeia-lugares-silenciosos-nas-cidades/#respond Wed, 14 Aug 2019 14:27:58 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/Sem-título-320x213.png https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1278 Cidade grande costuma ser sinônimo de barulho, especialmente pelo trânsito. Quem mora perto de grandes avenidas costuma conviver com ruídos altos até de madrugada. Às 4h da manhã, o ruído dentro de casa já sobe a 60 decíbeis, conforme os ônibus voltam a rodar.

Para ajudar as pessoas a encontrar redutos para fugir do barulho, o aplicativo Hush City busca criar um mapa de lugares silenciosos nas grandes cidades.

A ferramenta é colaborativa: os usuários baixam o app e podem ir marcando os pontos silenciosos. Também é possível registrar lugares de muito barulho, para serem evitados.

Para avaliar com precisão o silêncio ou o tamanho do incômodo vale baixar também um aplicativo medidor de ruído. Há várias opções gratuitas nas lojas de download.

O som ambiente de um escritório fica em torno de 60 db, por exemplo. Uma buzina de carro chega a 120 db. O nível recomendável para dormir é que o ambiente tenha ruído abaixo de 30 db.

O mapa com os registros pode ser acessado aqui.

Barulho no parque da Cantareira foi indicado como “desagradável” (Reprodução)

Há apontamentos feitos em algumas cidades brasileiras, como São Paulo, Porto Alegre, Goiânia e Curitiba. Na capital paulista, um trecho do parque da Cantareira foi marcado como barulhento. Já o parque Trianon, na avenida Paulista, como “Natural”.

O aplicativo foi criado por Antonella Radicchi, arquiteta italiana que vive em Berlim e realiza projetos para melhorar a chamada paisagem sonora das cidades desde 2017.

Embora haja poucos registros por aqui, o site serve como convite para um debate maior sobre o barulho. Como ele está sempre ali, passa a ser pouco notado, embora tenha efeitos no sono e na irritabilidade.

O barulho nas cidades aumenta conforme cresce o uso de serviços de entrega gerado pela expansão de aplicativos de delivery e das compras online.

Por outro lado, se os veículos elétricos ganharem espaço pra valer nos próximos anos, haverá alívio, pois seus motores são silenciosos. Sem combustão interna, não haverá mais a onda de barulho que surge cada vez que um semáforo abre.

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Apps de delivery poderiam ajudar a reduzir o barulho nas cidades https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/03/22/apps-de-delivery-poderiam-ajudar-a-reduzir-o-barulho-nas-cidades/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/03/22/apps-de-delivery-poderiam-ajudar-a-reduzir-o-barulho-nas-cidades/#respond Fri, 22 Mar 2019 11:15:46 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/03/Rubens-cavallari-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1125 Aplicativos de entrega de comida e de outros itens, como iFood, Rappi e Uber Eats fazem fortes campanhas para aumentar o número de pedidos de delivery na cidade.

Como a maioria dessas entregas são feitas de moto, o sucesso dessas campanhas leva a mais viagens sobre duas rodas na cidade. E, logo, mais barulho. 

É comum entre as motos o uso do chamado escapamento aberto. Os donos retiram partes do veículo que ajudam a conter o ruído do motor. Assim, cada acelerada gera um som forte, capaz de ser ouvido até numa avenida movimentada, pois o barulho costuma ser mais estridente do que o de ônibus e caminhões. 

Motoboys entregam marmitas no aeroporto de Congonhas, em SP (Diego Padgurschi/Folhapress)

As empresas de delivery poderiam fazer uma vistoria das motos dos entregadores com quem trabalham, e vetar veículos barulhentos. Fariam um grande favor à cidade e aos seus clientes, especialmente aqueles que moram perto de vias movimentadas.

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, conduzir uma moto com o silenciador do motor com defeito ou inoperante é infração grave, punida com multa de R$ 195,13 e retenção do veículo para regularização.

Embora proibida, a prática segue sendo realizada há anos. Um dos argumentos é que, ao fazer barulho, as motos são mais percebidas pelos motoristas, o que diminuiria a chance de acidentes.

Ao realizar também entregas de bicicleta, esses aplicativos ajudam a reduzir a poluição na cidade, mas também precisam ter atenção sobre os impactos que geram pelas motos que utilizam. Numa espécie de efeito borboleta, cada cupom de desconto enviado que se transforma em compra pode gerar barulho que irá incomodar a concentração e o sono de quem estiver pelo caminho.

Escapamento da moto Nine T, da BMW. (Divulgação)

 

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França testa limites dos cidadãos ao forçar mudança para veículos limpos https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/11/20/franca-testa-limites-dos-cidadaos-ao-forcar-mudanca-para-veiculos-limpos/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/11/20/franca-testa-limites-dos-cidadaos-ao-forcar-mudanca-para-veiculos-limpos/#respond Tue, 20 Nov 2018 11:15:43 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/11/4bf3cdd54636d7a5f7f755993abeaf384e3bc278a788670d1c3fd49e0f8f2f1f_5bf17773b4929-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=865 Nos últimos dias, quase 300 mil franceses paralisaram ruas e estradas para protestar contra um novo imposto para combustíveis fósseis. O plano do governo é estimular, pelo bolso, uma transição para veículos mais limpos.

Os protestos despertam uma pergunta: até onde os governos poderão pressionar os cidadãos a mudar para meios de transporte que poluem menos?

O novo imposto francês representará um aumento de 6,5 centavos de euro (R$ 0,28)  por litro de diesel e 2,9 centavos (R$ 0,13) por litro de gasolina e passará a valer a partir de 1 de janeiro de 2019.

Além da taxa, há também estímulos para a troca de um carro antigo por modelos que poluem menos. O bônus pode chegar a 4.000 euros (cerca de R$ 17.200) e é destinado a famílias pobres.

Os franceses não gostaram do plano. Segundo uma pesquisa divulgada pelo Journal du Dimanche, 62% dos entrevistados são contra ter de gastarem mais para aderir a veículos mais limpos, mesmo que isso signifique atrasar o processo do fim do uso do petróleo.

O governo francês disse entender as queixas da população, mas prometeu manter as medidas.

Manifestantes com coletes amarelos bloqueiam estrada durante ato no sul da França (Gerard Julien/AFP)

Fora as alterações nas regras da compra de carros, países da Europa também buscam forçar a mudança com proibições de circulação nas grandes cidades. Em Paris, há barreiras contra veículos fabricados antes de 1996, e a partir de julho de 2019, serão banidos carros a diesel com mais de 14 anos.

Em Londres, a restrição a veículos poluentes será ampliada a partir de abril de 2019. Boa parte dos automóveis a gasolina lançados antes de 2005 e a diesel que tenham mais de quatro anos de uso terão de pagar uma taxa diária de 12,50 libras (R$ 60) para acessar as áreas centrais.

O pacote que inclui tributar combustíveis fósseis, dar desconto para a compra de modelos novos e banir a circulação em algumas áreas começa a mostrar suas limitações, mas é cedo para dizer se os protestos da França serão capazes de conter a onda europeia rumo aos carros menos poluentes.

Ao que tudo indica, o Brasil terá tempo para ver se os caminhos escolhidos pelos europeus darão certo. O programa Rota 2030, que dará as diretrizes para a produção de veículos no país, pouco fala sobre a adoção de modelos limpos. Há uma redução prevista do IPI de carros elétricos e híbridos de 25% para 7% e uma demanda que os motores convencionais consigam rodar 11% a mais com menos combustível.

O país implanta proibições há décadas. Em 1976, o uso de diesel em carros de passeio foi proibido. O rodízio paulistano, criado em 1997, veio com a promessa de tornar o ar menos poluído, mas acabou virando uma forma de reduzir o trânsito.

Depois dos protestos de junho de 2013, surgiram planos para criar um imposto para financiar o transporte público, mas a ideia foi abandonada. A greve dos caminhoneiros que pedia redução do preço do diesel, em maio, mostrou que mexer no preço dos combustíveis pode trazer um grande desafio político.

Além de reduzir a poluição do ar e das ruas, carros elétricos e híbridos também deixam as cidades mais silenciosas. No Brasil, Fuscas e Kombis antigos e barulhentos seguem rodando sem serem incomodados. E há grandes chances de que veículos assim sigam livres de barreiras nas cidades ou nos postos pelos próximos anos.

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Londres inverte lógica e deixa semáforo sempre verde para pedestres https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/08/09/londres-inverte-logica-e-deixa-semaforo-sempre-verde-para-pedestres/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/08/09/londres-inverte-logica-e-deixa-semaforo-sempre-verde-para-pedestres/#respond Thu, 09 Aug 2018 12:07:05 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/IMG_20180510_142708163_HDR-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=580 A faixa é de pedestre, mas na maior parte do tempo o semáforo está vermelho para quem caminha e verde para os motoristas. Quase sempre, a pessoa a pé tem que esperar, mesmo que não haja veículos passando.

Londres quer mudar isso e começou a fazer testes com a lógica inversa: planeja instalar, nos próximos meses, dez semáforos que, por padrão, ficam verdes aos pedestres. Quando sensores detectam a presença de carros, o equipamento aguarda alguns instantes e, em seguida, retém os pedestres para liberar os automóveis.

Em outros sete pontos, foram colocados sensores para contar quantas pessoas estão esperando para cruzar, de modo a ajustar automaticamente o tempo de abertura para a travessia. A meta é ampliar a ideia para mais outros 20 lugares até o começo de 2019.

Estas alterações fazem parte de um plano ambicioso da capital inglesa para aumentar os deslocamentos a pé. A cidade quer que todos os seus habitantes façam ao menos 20 minutos de viagens ativas por dia, o que inclui andar ou pedalar, até 2041. Hoje, apenas um terço deles tem essa prática.

Pedestre em rua de Londres (Rafael Balago/Folhapress)

O plano também inclui medidas como reduzir a velocidade máxima em vias importantes de 50 para 32 km/h e remover ou realocar obstáculos das calçadas, como cabines telefônicas, cartazes e mesas de restaurantes.

Em um segundo momento, serão feitas mudanças mais radicais no desenho urbano, de forma a tornar as ruas mais atrativas. As ações incluem aumentar áreas de sombra e de abrigo em caso de chuva, criar pontos de descanso com bancos, reduzir o barulho e a poluição do ar e ampliar o número de atrações e de atividades ao ar livre.

Se a meta para 2041 for alcançada, o sistema público de saúde britânico espera poupar 1,6 bilhão de libras (cerca de R$ 7,8 bi) em tratamentos. Além dos efeitos benéficos para o corpo, andar reduz a poluição e estimula a economia local, especialmente as lojas de rua, o que gera empregos e move um ciclo virtuoso capaz de transformar os bairros.

Em São Paulo, embora as ruas ainda sejam vistas com desconfiança, o sucesso da avenida Paulista aberta aos domingos mostrou que caminhar pela rua pode ser um programa por si só.

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App soma quantos cigarros cada pessoa ‘fuma’ só por respirar em áreas poluídas https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/07/04/app-mostra-quantos-cigarros-cada-pessoa-fuma-por-viver-em-cidade-poluida/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/07/04/app-mostra-quantos-cigarros-cada-pessoa-fuma-por-viver-em-cidade-poluida/#respond Wed, 04 Jul 2018 11:02:39 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/Vista-do-edifício-Itália-em-dia-de-tempo-seco-umidade-continuará-baixa-no-início-da-primavera-Giovanni-Bello-25.jul_.17-Folhapress-150x150.jpg http://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=434 Embora públicos, os dados sobre a poluição do ar não são muito fáceis de entender e de consultar. Para facilitar o acesso a estas informações, um brasileiro e um francês criaram o aplicativo Sh**t, I Smoke!, que compara os níveis de contaminação ao consumo de cigarros.

O funcionamento é bem simples: o usuário abre o app e recebe o alerta: hoje, inalou tantos poluentes como se tivesse fumado determinada quantidade.

A ferramenta usa os dados do projeto Berkeley Earth, que mapeia indicadores em tempo real sobre a poluição do ar em várias cidades do mundo. Pesquisadores desta iniciativa criaram um cálculo que relaciona os efeitos de respirar ar poluído ao de fumar.

Telas do aplicativo que mostram dados de Buenos Aires, Pequim e Nova York (Divulgação)

A conta compara as mortes geradas pelo tabagismo com as mortes ocorridas devido à poluição do ar e concluiu que passar um dia em uma área onde há 22 microgramas de material particulado fino (MP 2,5) por metro cúbico de ar equivale a fumar um cigarro.

Este material consegue entrar nos pulmões e atingir a corrente sanguínea. A recomendação da OMS é que o ar tenha no máximo 10 microgramas dessas substâncias por m3 de ar (meio cigarro fumado por dia)

Na terça-feira (3), passar o dia na avenida Paulista, em São Paulo, equivaleu a fumar quatro cigarros, por exemplo. No bairro do Jaçanã, a 4,6 unidades. Em Parelheiros, a 1,9.

Os números de São Paulo surpreenderam um dos criadores do aplicativo, o gaúcho Marcelo Coelho, 27. “Pela quantidade de carros e indústrias eu sempre imaginei que a qualidade do ar seria péssima, mas a cidade tem índices semelhantes ou até menores que outras grandes capitais do mundo. Os Estados Unidos também demonstraram menos poluição do que o esperado”, contou ao blog.

O designer Marcelo Coelho (Arquivo pessoal)

Coelho, designer especializado em experiência do usuário, desenvolveu o app com o francês Amaury Martiny, depois que ambos ficaram espantados ao ler um artigo sobre o nível de poluição em Paris (3 a 6 cigarros por dia), onde viviam na época. Atualmente, Coelho mora em San Francisco (2,4 cigarros diários), nos Estados Unidos.

Devido à falta de monitoramento, as informações sobre a poluição no Brasil são limitadas ao Estado de São Paulo. “As outras estações [de medição da qualidade do ar] do país não geram medições a cada hora, por isso não podem integrar bases de dados em tempo real”, explica o designer.

Além do aplicativo, há planos de publicar um site com as informações e fazer ações em redes sociais. “Vamos lançar contas que trarão diariamente aos seguidores os números de grandes cidades no mundo. Estamos pensando também em adicionar uma função que traga a média do número de cigarros por outros períodos. Algo como ‘você fumou em média 5 cigarros por dia durante o mês de Maio'”, planeja Coelho.

O app tem código aberto e está disponível para aparelhos com Android ou iOS.

Telas do aplicativo que mostram dados de Copenhague, de Berlim e de Londres (Divulgação)
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Cidades da Europa avançam nos planos para banir o diesel https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/05/22/cidades-da-europa-avancam-nos-planos-de-banir-o-diesel/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/05/22/cidades-da-europa-avancam-nos-planos-de-banir-o-diesel/#respond Tue, 22 May 2018 15:37:28 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/2018-05-16T092907Z_747114944_RC116C58E640_RTRMADP_3_GERMANY-EMISSIONS-150x150.jpg http://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=305 Enquanto caminhoneiros do Brasil protestam contra a alta do preço do diesel, cidades da Europa aumentam o veto a veículos movidos por este combustível, com o objetivo de diminuir a poluição do ar.

O caso mais recente é de Hamburgo, na Alemanha. Na semana passada, a cidade começou a instalar placas que proíbem a circulação de automóveis com motores diesel mais antigos em duas vias da cidade. A multa para quem burlar a regra pode chegar a € 75 (R$ 323).

A medida foi tomada depois que a Comissão Europeia apontou que o nível de poluição em grandes cidades alemãs, incluindo Munique e Stuttgart, estava acima do permitido.

Outras cidades do continente anunciaram planos na mesma direção. Copenhague, na Dinamarca, pretende proibir a partir de 2019 a circulação de carros a diesel comprados de 2018 em diante. “Poluir o ar dos outros não é um direito humano”, disse o prefeito Frank Jensen, ao jornal Politiken.

Madri, na Espanha, planeja restringir o acesso dos carros a boa parte de sua área central até 2020. Paris, na França, quer banir todos os veículos poluentes até 2030 e reservar algumas ruas apenas para a circulação de automóveis elétricos.

Área de restrição de tráfego em Londres (Rafael Balago/Folhapress)

Em sua área central, Londres restringe veículos pesados com mais de 12 anos de licenciamento, entre outros. A fiscalização é feita por meio de radares. Entrar nesta zona dirigindo um modelo fora do padrão permitido gera uma taxa de até 200 libras (R$ 985) por dia. Em 2019, a capital inglesa planeja apertar as regras e barrar também modelos mais recentes, como caminhões com motor abaixo do padrão euro 5.

As restrições nas grandes cidades são o primeiro passo para que os países atinjam a meta de abandonar combustíveis fósseis nas próximas décadas. Assim, há testes também nas estradas. Nos EUA, a Tesla lançou o protótipo de um caminhão elétrico no ano passado. Na Suécia, um trecho de 2 km de estrada recebeu em abril um trilho capaz de enviar energia a carros e caminhões que se enganchem nele. A tecnologia é similar à dos trens do metrô. O país quer se livrar dos combustíveis fósseis até 2030.

Se todos estes planos derem certo, daqui a algumas décadas as greves por causa do preço do diesel poderão dar lugar a protestos pela alta do custo da energia elétrica. Isso se os caminhões que rodam sem motorista não dominarem o mercado até lá.

Caminhão elétrico da Tesla (Alexandria Sage/Reuters)
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China instala chaminé que limpa o ar em vez de poluir https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/04/23/china-instala-chamine-que-limpa-o-ar-em-vez-de-poluir/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/04/23/china-instala-chamine-que-limpa-o-ar-em-vez-de-poluir/#respond Mon, 23 Apr 2018 12:26:38 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/Xian-Fred-Dufour-AFP-150x150.jpg http://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=201 A cidade de Xian, na China, testa uma chaminé de 60 metros de altura capaz de sugar o ar poluído, filtra-lo e devolvê-lo mais limpo à atmosfera.

O mecanismo foi instalado em janeiro e conseguiu reduzir entre 10% e 19% a taxa de partículas finas num raio de 10 quilômetros quadrados, segundo os criadores da ideia anunciaram na semana passada. Como comparação, esta área é similar ao do bairro da Lapa, em São Paulo.

Com custo estimado em US$ 2 milhões (cerca de R$ 6,8 milhões), o artefato tem capacidade para tratar entre 5 e 16 milhões de metros cúbicos de ar por dia, contou Cao Junji, líder do projeto, à AFP.

O tubo de concreto tem um teto de vidro, que quando aquecido pelo sol, esquenta o ar. Aquecido, o elemento sobe e passa por filtros antes de sair pelo topo. Esse efeito puxa o ar da parte de baixo, no nível do solo, para dentro da torre.

Equipamento custou US$ 2 milhões (Fred Dufour/AFP)

No entanto, para obter efeitos consistentes nas grandes cidades, seria preciso espalhar uma grande quantidade dessas estruturas ou fazê-las ainda maiores.  E as cidades não são como uma caixa fechada: há troca de ar com todas as direções, o tempo todo, o que torna sua limpeza ainda mais complexa.

A estrutura também não é capaz de filtrar todos os poluentes, e se concentra nas micropartículas, elementos que dão a aparência de ar sujo ao horizonte.

Outros lugares do mundo também tentaram soluções curiosas para limpar o ar. Em 2016, Londres testou uma tinta capaz de neutralizar óxidos de nitrogênio, um dos principais poluentes urbanos.

No entanto, a dinâmica dos ventos faz com que só uma pequena parte dele chegue a tocar as paredes. Assim, a conclusão do governo britânico foi que mesmo se grandes áreas da cidade fossem cobertas com a tinta, o efeito de limpeza seria ínfimo.

Xian tem cerca de 9 milhões de habitantes (Fred Dupour/AFP)

Apesar de ainda possuir cidades envolvidas pelo ar cinza, a China conseguiu reduzir em 32% seus níveis de poluição em quatro anos, com medidas como fechar usinas a carvão e proibir o uso do carro.

Em São Paulo, onde a fumaça dos veículos suja o ar diariamente, a Câmara Municipal aprovou em dezembro a volta da inspeção veicular aos carros, suspensa em 2014, mas adiou em 20 anos o fim do uso de combustíveis poluentes nos ônibus, que estava previsto para 2018.

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