Avenidas https://avenidas.blogfolha.uol.com.br Ideias para melhorar a vida nas cidades Tue, 14 Dec 2021 17:44:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Debate aborda como literatura interfere na imagem das cidades https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/02/20/debate-aborda-como-literatura-interfere-na-imagem-das-cidades/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/02/20/debate-aborda-como-literatura-interfere-na-imagem-das-cidades/#respond Wed, 20 Feb 2019 12:16:21 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/02/Ana_Cecilia_Foto_-Josefina-Arias_IC-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1057 As imagens de Paris como uma cidade glamourosa ou de São Paulo como um lugar inóspito são comuns em filmes, músicas e livros. Um debate nesta quarta (20) tratará de como a literatura pode interferir na imagem que as pessoas formam das cidades, e como os espaços urbanos influenciam a produção dos escritores.

O evento será realizado no Itaú Cultural, em São Paulo, como parte da série de encontros Brechas Urbanas, e tem entrada gratuita. No debate, serão abordados livros e autores latino-americanos do início do século 20 e da atualidade.

“Na literatura do século 20, o escritor podia acompanhar o tom eufórico da modernidade. No século 21, testemunhamos o fracasso da promessa da modernidade, os restos que o capitalismo deixou nos cenários urbanos”, diz Ana Cecília Olmos, professora de literatura da USP, que participa do debate ao lado do escritor Mailson Furtado Viana.

“No século 20, foram realizados muitos projetos de modernização das cidades promovidos pelo Estado. As cidades com portos são grandes cenários de mudanças na América Latina”, aponta Olmos. Sobre esse período, ela falará sobre livros de autores como Júlio Cortázar (1914-1984) e Mário de Andrade (1893-1945).

Para a professora, a globalização tem acelerado as relações econômicas e culturais nas cidades contemporâneas, e têm tornado os espaços públicos cada vez mais parecidos. Com isso, diminuem as possibilidades de moradores, turistas e personagens encontrarem aventuras e novidades ao caminhar por elas, como acontece nos livros.

“A literatura nunca é capaz de retratar uma cidade por inteiro. Apenas fragmentos dessa realidade”, explica Olmos. “Cada pessoa tem uma experiência diferente da cidade. Para um turista, há a Paris glamourosa. Mas para um imigrante subsaariano, há uma Paris muito mais hostil”.

Brechas Urbanas – Escrevendo a Cidade. Itaú Cultural. Av. Paulista, 149. São Paulo. Tel. 2168-1777. Qua. (20).: 20h. Livre. Grátis.

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5 formas de cidades criarem cenas para fotos além do modelo ‘I amsterdam’ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/12/05/5-formas-de-cidades-criarem-cenas-para-fotos-alem-do-modelo-i-amsterdam/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/12/05/5-formas-de-cidades-criarem-cenas-para-fotos-alem-do-modelo-i-amsterdam/#respond Wed, 05 Dec 2018 16:42:32 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/12/Amsterdã-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=901 Nesta semana, foi anunciado que a cidade de Amsterdã retirou a escultura com a frase “I amsterdam“, um dos símbolos mais procurados por turistas para tirar fotos ao visitar a Holanda.

Embora muito procuradas, essas esculturas com o nome do lugar não costumam proporcionar uma boa experiência para quem quer tirar fotos ali.

Primeiro, é preciso disputar espaço ou esperar a vez para poder fazer a imagem sem que desconhecidos apareçam junto. Buscar um ângulo novo também é um desafio, já que fazer todas as letras caberem na imagem exige um bom posicionamento.

As cidades podem tomar outras medidas para atrair a atenção de turistas e moradores que querem tirar fotos. A seguir, algumas sugestões.

1. Criar e reformar mirantes

Pontos elevados, em montanhas ou prédios, rendem boas fotos, mas precisam ter acesso facilitado. São Paulo recentemente ganhou dois na avenida Paulista: um no Instituto Moreira Salles e outro na nova unidade do Sesc. E o antigo prédio do Banespa foi reformado e reaberto como Farol Santander.

No caso de mirantes naturais, é preciso facilitar as rotas de acesso e a estrutura dos locais. O pico do Jaraguá, na zona norte de São Paulo, gera uma visão impressionante da metrópole, mas para chegar lá é preciso fazer uma trilha ou ir de carro e depois subir dezenas de degraus a céu aberto.


2. Expandir grafites

Os desenhos nos muros rendem fotos fáceis, como atesta o grande fluxo de pessoas na região do Beco do Batman, na Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo. No entanto, deixar grafites espalhados pela cidade, como no Porto, em Portugal, gera mais surpresas aos turistas e a possibilidade de cliques mais originais.

Criar corredores de grafite em grandes avenidas gera um efeito agradável para quem passa de carro, mas se eles ficam em áreas inacessíveis a pedestres, só irão gerar fotos tremidas de quem tentou fazer o registro em movimento.

3. Ter pontes agradáveis

Andar por pontes costuma gerar boas cenas, mas em São Paulo a maioria delas é inóspita para quem pretende fazer a travessia a pé. Mesmo a ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira, um dos cartões-postais paulistanos mais jovens, não tem calçada.

Se algumas delas fossem mais atraentes para pedestres, poderia-se criar programas como atravessar para o outro lado do rio Pinheiros para ver os arranha-céus da zona sul à distância, por exemplo.

A ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira, em São Paulo (Fernando Donasci/Folhapress)

4. Reformar fachadas

São Paulo tem inúmeros prédios antigos, em especial na sua área central, que estão desbotados ou degradados. Recuperar as fachadas deles deixariam as ruas com aspecto mais agradável e fotogênico, e poderiam virar uma atração em si.

5. Cuidar do entorno

Para tirar boas fotos, é preciso que haja espaço para circular a pé ao redor do grafite, da escultura ou do prédio bonito, com calçadas bem cuidadas. Mais importante ainda é haver uma sensação de segurança. Se o lugar parecer perigoso, pouca gente vai se animar a sacar o celular, mesmo ao ver algo marcante.

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Lisboa mostra como ampliar as opções de transporte para turista https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/10/19/lisboa-mostra-como-ampliar-as-opcoes-de-transporte-para-turistas/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/10/19/lisboa-mostra-como-ampliar-as-opcoes-de-transporte-para-turistas/#respond Fri, 19 Oct 2018 15:55:04 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/IMG_1415-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=763 Quanto mais formas de deslocamento uma cidade turística oferece, maior a chance de que os visitantes possam ir a mais lugares em menos tempo. E o transporte pode virar uma atração em si. Foi o que aconteceu com os bondes de Lisboa: de tão disputados pelos viajantes, foram criadas outras linhas, privadas, para quem quer lembrar o passado e conseguir sentar na janelinha.

Com tanta demanda por ajuda para subir e descer as sete colinas da cidade, Lisboa acabou somando diversas outras opções de transporte para turistas, que podem servir de inspiração para outros locais que recebem muitos visitantes. A seguir, seis delas:

1. Bondes
Os antigos bondes que seguem em operação viraram uma atração da cidade. Tanto que linhas como a 28, cujo trajeto inclui vários pontos turísticos, fica lotada quase o dia todo e é comum ter de esperar o veículo seguinte para conseguir entrar. Além das linhas públicas, há outros serviços privados, que fazem rotas turísticas e cobram mais de dez vezes o valor do preço do bonde comum.

2. Tuc-tuc
Espécie de moto ou bicicleta adaptada para levar dois ou mais passageiros na parte de trás. Enquanto dirige, o condutor vai falando sobre os lugares onde passa. Há também modelos elétricos, que são silenciosos.

Carrinhos conversíveis que podem ser alugados em Lisboa (Rafael Balago/Folhapress)

3. Carrinhos de aluguel
Esses carros pequenos e conversíveis têm lugar para duas pessoas e vêm com um GPS que indica lugares para ir, mas o viajante pode seguir o rumo que quiser. É possível alugar por uma hora ou pelo dia todo.

4. Van circular
O serviço de ônibus turísticos que percorrem um circuito e permitem subir e descer em qualquer ponto, chamados de “hop-on, hop-off”,  também possui vans em Lisboa. Elas são uma forma de atender a ruas estreitas e de subir colinas difíceis.

Van circular é opção para visitar ruas estreitas (Rafael Balago/Folhapress)

5. Patinetes elétricos
Menos emocionantes, têm a vantagem de permitir ver as coisas em velocidade mais tranquila, quase a de uma caminhada, mas sem se cansar. Há modelos para ir em pé, que lembram os utilizados por seguranças de shopping, ou sentado.

6. Bicicletas, mobiletes e carros elétricos
Embora sejam mais voltados para os moradores, estes serviços também atraem turistas. As bicicletas elétricas permitem subir ladeiras com facilidade. Carros e mobiletes são boas opções para viagens mais longas, como visitar cidades vizinhas. As três opções são pagas e liberadas pelo celular, o que evita burocracias, e cobradas pelo tempo de uso.

Carro que pode ser alugado via app (Rafael Balago/Folhapress)
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5 ideias simples que podem ajudar a aumentar as visitas a museus https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/09/05/5-ideias-simples-que-podem-ajudar-a-aumentar-as-visitas-a-museus/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/09/05/5-ideias-simples-que-podem-ajudar-a-aumentar-as-visitas-a-museus/#respond Wed, 05 Sep 2018 13:00:49 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/american-museum-of-natural-history-1468400661PKi-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=704 Pequenos estímulos podem ajudar os museus a atrair mais público, como aumentar sua divulgação no transporte público, ampliar os horários de abertura e vender ingressos em combos com outras atrações. A seguir, cinco ideias usadas em várias cidades do mundo que podem dar aquela forcinha para que mais pessoas incluam uma visita ao museu em seus planos para o fim de semana ou para a próxima viagem de férias.

 

1. Divulgação no transporte público
Em cidades como Paris e Toronto, estações de metrô próximas a grandes museus tem as paredes decoradas de forma diferente, com obras de arte e pinturas, o que desperta o interesse em ir visitá-los. A instituição também é incluída no nome da parada e nos mapas da rede. Em junho, Madri anunciou que irá mudar o nome da estação Atocha do metrô para “Estación del Arte”, pois ela fica perto dos museus do Prado e Reina Sofia.

Em São Paulo, há o metrô Trianon-Masp, mas quem vem de fora nem sempre entende de primeira que “Masp’ se refere a um museu.

Estátuas na estação Museum, em Toronto, no Canadá (Tony Hisgett/Wikimedia Commons)

2. Pacotes combinados de ingressos
Cidades que recebem muitos turistas, como Nova York e Barcelona, vendem combos de ingressos. Um visitante interessado em conhecer o Empire State precisa pagar US$ 57 (R$ 236) se quiser subir ao topo do prédio, mas também pode comprar um pacote que inclui o edifício e mais cinco atrações por US$ 116 (R$ 482). A lista une atrações turísticas, como a Estátua da Liberdade, e museus como o de História Natural e o Guggenhein. O desconto gera um estímulo para ir a mais lugares do que o planejado inicialmente.

3. Entrada grátis, mas em dias acessíveis
É comum que os museus ofereçam entrada livre em alguma data, mas nem sempre é uma opção que favoreça quem trabalha ou estuda. No Masp, por exemplo, não se cobra ingresso de terça e quarta-feira. Na Pinacoteca paulistana, o acesso é livre aos sábados, dia em que mais gente pode ir. Em Paris, museus como o Louvre são gratuitos no primeiro domingo do mês.


4. Horário estendido 
É comum que os museus fechem cedo, o que impede uma visita depois do trabalho, por exemplo. Durante alguns anos, a Pinacoteca de São Paulo ficava aberta até 22h às quintas-feiras, mas a prática foi encerrada.  Diversas instituições do mundo recebem visitantes à noite em ao menos um dia da semana.

5. Valorizar a área externa
O vão livre do Masp é tão ou mais famoso do que a instituição acima dele, assim como a pirâmide de vidro do lado de fora do Louvre. Esses lugares se tornaram pontos turísticos por si só e ajudam a atrair atenção para a instituição.

 

Área externa do Museu do Louvre (Rafael Balago/Folhapress)

 

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Ampliar lazer reduz insegurança e solidão nas cidades, diz pesquisadora https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/08/28/lazer-ajuda-a-combater-inseguranca-e-solidao-nas-cidades-diz-especialista/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/08/28/lazer-ajuda-a-combater-inseguranca-e-solidao-nas-cidades-diz-especialista/#respond Tue, 28 Aug 2018 11:01:37 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/IMG_6920-copia-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=675 O aumento do investimento em atividades de lazer pode fazer com que as pessoas fiquem menos sós nas cidades e tornar as ruas mais seguras. É o que defende Cristina Ortega, chefe acadêmica e operacional da Organização Mundial do Lazer (WLO, na sigla em inglês).

Ortega, 48, é doutora em Lazer e Desenvolvimento Humano pela Universidade de Deusto, na Espanha, e participa nesta semana do 15º Congresso Internacional de Lazer, realizado pela WLO e pelo Sesc, em São Paulo, de terça (28) a sábado (1º/9). O evento debaterá como as práticas de ócio podem enfrentar desafios como o aumento do uso da tecnologia, o envelhecimento da população e o crescimento da imigração.

Ações já realizadas em São Paulo, como a abertura da avenida Paulista aos pedestres e a expansão de ciclovias e de serviços de empréstimos de bicicleta são elogiadas por Ortega , que conversou com o blog por telefone.

 

Folha – Como as cidades podem aumentar o uso dos espaços de lazer?
Cristina Ortega – Independente do tamanho da cidade, é preciso eliminar barreiras, como a distância e o preço. A educação desempenha um papel fundamental. É preciso desenvolver políticas para que os cidadãos tenham acesso a uma educação de lazer desde a infância, de tal maneira que eles desfrutem da cultura, do esporte, do turismo e da recreação. Lamentavelmente, na maioria dos paises, isso é muito escasso. 

Como as prefeituras podem ajudar nisso?
É fundamental que os espaços públicos recebam diferentes atividades culturais, recreativas e esportivas. Muitas cidades fecham suas ruas para carros e as abrem para pedestres. Isso ajuda as pessoas a ter acesso à recreação. As ciclovias e empréstimos de bicicletas levam muitas pessoas, tanto turistas quanto moradores, a verem a cidade de outra maneira.

Os parques lúdicos, tanto infantis quanto para a terceira idade, são interessantes por facilitar a convivência entre gerações. Cidades como Paris e Londres não tem praia, mas criam espaços com areia e piscinas no verão. São iniciativas de baixo custo e que não exigem demasiado esforço.

 

E como lidar com a sensação de insegurança nas ruas?
Não sou uma especialista no tema, mas o lazer pode ajudar a eliminar a insegurança em si. Ao organizar atividades e de eventos nas ruas e praças, esses lugares ficam ocupados pelas pessoas. Quando esse espaço público está com gente, aumenta a sensação de segurança. Mas é um processo de médio a longo prazo.

Há atividades de lazer que trazem mais resultado do que outras?
O que uma cidade pode fazer para que seus cidadãos sejam mais felizes? Hoje, o mais importante são as relações sociais. Estar com amigos, com a família. Pequenas intervenções ajudam a fortalecer esses laços e a fazer as pessoas mais felizes. 

Uma das melhores experiências de lazer que tive foi num cinema ao ar livre numa praça de Bolonha, na Itália. Eram projetados filmes antigos, em branco e preto, em uma área cercada por um patrimônio cultural incrível. Não tem a ver só com cultura e patrimônio, mas um cinema ao ar livre pode promover estas pequenas ações, como dividir um lanche, que ajudam as pessoas a estar juntas. O filme é o de menos.

Cinema ao ar livre em Bolonha, na Italia (Wikimedia Commons)

Como as políticas de lazer têm mudado nas últimas décadas?
A partir do final do século passado, as cidades passaram a desenvolver dois tipos de políticas. Algumas investiram na criação de grandes estruturas, como Bilbao, que fez o museu Guggenheim, para projetar uma imagem no exterior e atrair turistas. Já outras criaram políticas voltadas a eventos, que são feitos nas ruas, como festivais de cinema, eventos esportivos etc.

Há também ações como o movimento do grafite, que se desenvolveu de forma espontânea. E o aumento da preocupação com a saúde fez com que as ruas se enchessem de pessoas fazendo esporte, como a corrida.

O lazer por meio dos meios digitais têm os mesmos efeitos?
90% do nosso lazer é realizado via smartphones e tablets. Essa foi uma mudança radical. Não me atrevo a dizer se é algo bom ou ruim. É como tudo: tem que ter um uso equilibrado, sem abusos, sem dependência.

Também mudou todo o conceito de conexão. Nosso ócio hoje é conectado. Saímos para correr usando uma pulseira e estamos ligados a uma comunidade que também corre. Estamos jogando um game sozinhos, mas em contato com outras pessoas ao redor do mundo que dividem um mesmo interesse. Isso era inimaginável antes.

O uso destes dispositivos têm aumentado o tempo de lazer?
Dados do governo da Espanha mostram que os jovens de hoje saem menos do que antes, na comparação com outras décadas. Eles também se drogam menos. Mas, por outro lado, é a primeira vez que se identificam tantas pessoas que nunca saem. Muita gente vive o lazer por meio da tecnologia e não precisa sair. Isso gera o risco de solidão.

Quais são as tendências atuais de lazer?
Há diferentes movimentos, e todas têm relação com mudanças sociais, como o envelhecimento e a imigração. O lazer pode ajudar os idosos a se sentirem menos sós e mais integrados com a comunidade. Para os imigrantes, tem um papel fundamental. É pelo lazer que eles se integram a uma nova sociedade.

As pessoas também estão tirando férias mais curtas. Essa pausa já não dura um mês inteiro. Porém, se viaja muito mais, pois há passagens mais baratas. E novos modelos de negócio colaborativo [como o Airbnb] também ajudam a fazer com que mais gente tenha acesso ao turismo.

Algumas tendências também surgem como contraposição. Como resposta à tecnologia, ao tempo acelerado, ganham força movimentos como o “slow food” e a volta ao artesanal.

Há atividades de lazer que perderam interesse?
Não creio que as atividades desapareçam, mas que se passa a fazê-las de outra maneira. Uma das tendências é que as pessoas leiam menos. Só que elas consomem menos livros, mas mais textos curtos. Os jogos de mesa perderam território, porém ganham relevância os games no celular. Antes íamos muito ver filmes no cinema e agora temos uma geração Netflix. As formas mudam, mas as atividades seguem parecidas.

 

Serviço: 15º Congresso Mundial de Lazer.  Sesc Pinheiros. R. Paes Leme, 195. Pinheiros. São Paulo, SP. De 28/8 a 1/9. Inscrições esgotadas.

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Bilbao fará corrida nos túneis do metrô https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/03/21/bilbao-fara-corrida-nos-tuneis-do-metro/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/03/21/bilbao-fara-corrida-nos-tuneis-do-metro/#respond Wed, 21 Mar 2018 13:52:26 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/03/Corrida-Bilbao-150x150.jpg http://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=74 Depois que o metrô de Bilbao encerrar os serviços na noite de domingo (25), 200 pessoas sairão correndo pelos túneis para disputar uma prova de atletismo.

A cidade do País Vasco, na Espanha, realiza a primeira edição da Underrun Metro Bilbao. A corrida terá 7,8 km, entre as estações Moyua e Ansio. Os atletas darão suas passadas em meio aos trilhos.

A largada está marcada para 1h de segunda-feira (26).  Os competidores sairão em grupos guiados de 20 pessoas. No final, voltarão de trem.

“As pessoas pensam que será tudo reto, mas há algumas subidas e descidas”, disse a atleta Iraia Garcia, que testou o circuito, em entrevista a uma rádio local.

As inscrições foram preenchidas por sorteio. Os interessados tiveram de enviar um vídeo explicando por que queriam participar e pagar taxa de 25 € (cerca de R$ 100).

Sediar eventos como esse é uma fonte de renda para os metrôs. O dinheiro reforça o orçamento geral e, com isso, ajuda a manter as tarifas um pouco mais baixas.

Algumas das estações de Bilbao têm arquitetura muito parecida com as da linha 4-amarela, de São Paulo. A extensão dos dois metrôs também é próxima. A cidade espanhola tem 49 km de trilhos e 345 mil habitantes. Já o sistema paulistano tem 71,5 km de linhas, para 12,1 milhões de moradores.

Corridas de grande porte ajudam a trazer turistas e a tornar as cidades mais conhecidas. A última edição da São Silvestre atraiu 30 mil atletas de 40 países diferentes. São Paulo tem um amplo calendário de eventos do tipo, mas ainda há inúmeras possibilidades de percurso que poderiam ser criadas, como sugere o exemplo de Bilbao.

Sugestões? Dúvidas? Escreva para avenidasb@gmail.com.

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