Avenidas https://avenidas.blogfolha.uol.com.br Ideias para melhorar a vida nas cidades Tue, 14 Dec 2021 17:44:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 BID lança guia para melhorar cidades a partir do transporte público https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2021/04/30/bid-lanca-guia-para-melhorar-cidades-a-partir-do-transporte-publico/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2021/04/30/bid-lanca-guia-para-melhorar-cidades-a-partir-do-transporte-publico/#respond Fri, 30 Apr 2021 18:44:09 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/londres-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=2125 O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) lança nesta semana um guia extenso de como as cidades brasileiras podem fazer melhorias a partir de uma integração melhor entre seus espaços e o transporte público.

O material, que pode ser acessado aqui, faz um estudo amplo de como aplicar propostas de DOT (Desenvolvimento Orientado ao Transporte) para que as cidades possam resolver duas questões importantes: serem mais inclusivas e menos poluentes.

“Buscamos mostrar como adaptar soluções usadas no exterior ao contexto brasileiro”, disse ao blog Morgan Doyle, representante do BID no Brasil. “As cidades do Brasil muitas vezes cresceram de forma acelerada e com pouco planejamento. Queremos ajudar os gestores a encontrarem soluções concretas.”

O guia detalha transformações feitas em cidades estrangeiras como Bogotá, Londres e Washington, mas também casos brasileiros, como o do Plano Diretor de São Paulo, que estimula a construção de mais moradias perto de estações de metrô e de corredores de ônibus. A elaboração também teve participação do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Embora as mudanças propostas geralmente levem alguns anos para serem plenamente implementadas, as sugestões do guia podem ajudar as cidades a avançar em melhorias mesmo em meio à crise trazida pela pandemia.

A proposta do estudo é ajudar as cidades a se tornarem mais compactas, com moradias próximas do transporte público e das oportunidades do trabalho, e que demande viagens mais curtas no dia a dia, sem que as pessoas precisem ficar horas por dia em trânsito. Isso ajuda a reduzir a poluição e aumenta o acesso dos moradores à educação, trabalho e lazer.

Uma das estratégias do DOT é estimular um número maior de construções, como prédios mais altos, perto de estações de metrô e corredores de ônibus. Com isso, pode-se atrair mais investimentos privados e fazer com que parte destes recursos, obtidos via impostos ou taxas extras, ajude a custear melhorias públicas, como reformar calçadas e praças ou construir habitações para moradores de baixa renda.

“O objetivo é estimular o investimento privado para gerar um fluxo de receita que alivie os custos das cidades. Tem-se aí um círculo virtuoso, que promove melhoras na infraestrutura e contribui para gerar benefícios comunitários”, explica Doyle.

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Plataforma aproxima artistas e edifícios que querem receber grafites https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2021/02/10/plataforma-aproxima-artistas-de-edificios-que-querem-receber-grafites/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2021/02/10/plataforma-aproxima-artistas-de-edificios-que-querem-receber-grafites/#respond Wed, 10 Feb 2021 13:27:55 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/8b22a55b93a39502e94c8db06a5d9d9e5741af48da0ed5d9b05d2f89f9820860_5f7515ee885e5-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=2068 Um site, chamado Arte no Meu Prédio, busca unir duas pontas: edifícios que queiram receber arte em sua fachada, como grafites, a artistas que queiram paredes para expor seus trabalhos.

A plataforma foi criada em janeiro pelos artistas e produtores Kléber Pagú e Fernanda Bueno. A dupla já esteve por trás do Aquário Urbano, série de grafites perto do Copan, e do projeto que pintou frases contra o racismo no asfalto paulistano, como “Vidas Pretas Importam” na avenida Paulista, em novembro, depois do assassinato de João Alberto Silveira Freitas, 40, espancado e morto em um Carrefour em Porto Alegre.

“Além de grafites, também há espaço para outras formas de arte nos prédios, como projeção de filmes e dança urbana”, conta Pagú. “É um trabalho para tirar a arte de espaços fechados e colocar na rua, com acesso grátis para todos.”

“Com a plataforma, a gente deixa de precisar bater de porta em porta pedindo autorização. E facilita pra quem quer receber obras. É comum estarmos pintando um prédio e pessoas virem pedir para fazermos no delas também”, comenta Pagú.

O casal Kleber Pagú e Fernanda Bueno, com mural do projeto Aquário Urbano ao fundo (Bruno Santos/Folhapress)

 

No site, cada edificio envia os detalhes do espaço que abrigaria as obras, como empenas cegas ou muros. Quando um artista ou projeto se interessar, o edifício é procurado. Em seguida, a proposta de intervenção é apresentada aos moradores, para ser aprovada em assembleia interna.

A plataforma é voltada para prédios de qualquer parte do Brasil. Os edifícios que participarem não terão custos para receber a intervenção, e nem receberão dinheiro para isso. A ideia é que os artistas consigam captar recursos para os projetos por meio de editais públicos ou patrocínios.

Ao mesmo tempo, as intervenções ajudam a revigorar fachadas que estejam descuidadas pela ação do tempo, o que poupa recursos dos condomínios com pintura.

O lançamento da plataforma é feito enquanto se debate na Câmara Municipal de São Paulo o projeto de lei 379/2020, que cria as chamadas Galerias de Arte a Céu Aberto na cidade. Na prática, a lei faria com que a prefeitura passe a proteger os trabalhos nos prédios, amplie a divulgação dos locais com arte urbana e dê subsídios a iniciativas do tipo.

“A arte urbana movimenta a região, gera turismo, ajuda os comércios por perto”, aponta Fernanda. “E é uma oportunidade para cada prédio participar da cultura da cidade”.

Em outubro, o Guia Folha fez um roteiro de onde ver grafites ao ar livre na cidade de São Paulo. Confira aqui.

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Número de pessoas caminhando ao ar livre triplicou em 2020, diz Strava https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/12/16/numero-de-pessoas-caminhando-ao-ar-livre-triplicou-em-2020-diz-strava/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/12/16/numero-de-pessoas-caminhando-ao-ar-livre-triplicou-em-2020-diz-strava/#respond Wed, 16 Dec 2020 11:00:42 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/93f3e92bc9d85fdf1048dcdc2381e674a22cde85ba55095a53e7372d1d5f60fb_5fc9346867ea0-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=2025 No ano marcado pela pandemia, com academias fechadas, as atividades esportivas ao ar livre tiveram fortes altas em várias partes do mundo, mostram dados do aplicativo Strava, usado para registrar exercícios.

O levantamento Year in Sport, feito pelo app e divulgado nesta quarta (16), mostra que o total de caminhadas ao ar livre foi três vezes maior nos meses de abril a junho de 2020, na comparação com 2019.

No mesmo período, a prática de corrida ao ar livre cresceu 1,9 vezes, e a de pedalar, 1,8 vezes.

Os dados se referem às atividades de 73 milhões de usuários cadastrados em todo o mundo, sendo 9 milhões deles no Brasil.

A pesquisa também mostrou a variação de atividades ao ar livre por países, nos primeiros meses da pandemia. No Brasil, o total de registros entre março e maio, no começo da crise sanitária, ficou 5% acima das projeções feitas pelo Strava, que se baseavam no crescimento médio registrado antes da pandemia.

O índice brasileiro é bem menor do que os de países como Reino Unido (82% acima do esperado), Alemanha (45%) e Estados Unidos (28%).

Já em paises com lockdowns severos no primeiro semestre, como Espanha e Itália, as atividades ao ar livre tiveram volume 60% abaixo do previsto no auge das restrições, mas o número se recuperou e superou a expectativa nos meses seguintes.

Em meio à pandemia, várias cidades do mundo, como Paris, Los Angeles e Bogotá, ampliaram espaços nas ruas para pedestres e ciclistas praticarem esporte e se deslocarem com mais segurança. Muitas delas pretendem tornar estas mudanças permanentes.

A presença de mais gente buscando áreas ao ar livre demandará um rearranjo urbano, cuja saída mais fácil é a redução do espaço público destinado aos carros.

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App Strava libera acesso a dados detalhados sobre como ciclistas pedalam nas ruas https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/09/23/app-strava-libera-acesso-a-dados-detalhados-sobre-como-ciclistas-pedalam-nas-ruas/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/09/23/app-strava-libera-acesso-a-dados-detalhados-sobre-como-ciclistas-pedalam-nas-ruas/#respond Wed, 23 Sep 2020 13:00:24 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/Strava-print-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1945 O aplicativo Strava passou a disponibilizar acesso gratuito à uma ferramenta que mapeia como ciclistas, corredores e pedestres estão usando as ruas das cidades, a partir desta quarta (23).

No Strava, atletas e esportistas podem mapear as rotas que percorrem nas ruas, usando o GPS do celular. O app registra detalhes de cada trajeto, como a rota percorrida e a velocidade em cada trecho.

Os dados de todos os usuários são somados e apresentados, de forma anônima, na plataforma Strava Metro. Ela mostra quais ruas das cidades são mais usadas para pedalar e em quais rotas os ciclistas conseguem ir mais rápido, por exemplo.

O sistema também aponta quais trechos são mais usados em cada dia e horário, e se os ciclistas estão usando a bike como meio de transporte ou só pedalando por lazer.

Há, ainda, dados sobre a variação nas viagens. Segundo a empresa, a cidade de São Paulo teve alta de 39% nas atividades com bicicleta registradas no app em julho de 2020, na comparação com o mesmo mês de 2019 e de 31% em agosto, em relação ao ano anterior.

Variação de viagens mês a mês registradas pelo Strava na cidade de São Paulo; os números exatos não foram informados (Divulgação)

Na ciclovia da avenida Brigadeiro Faria Lima, houve alta de 248% no tráfego de bikes em julho de 2020, na mesma comparação.

No Rio de Janeiro, a alta foi ainda maior: 91% mais pedaladas em agosto. No Aterro do Flamengo, houve 277% mais viagens em julho de 2020, na comparação com julho de 2019.

Variação de viagens mês a mês registradas no Strava na cidade do Rio de Janeiro; os números exatos não foram informados (Divulgação)

Informações como essas podem ajudar os gestores a definir onde criar ciclovias, assim como avaliar se as faixas existentes estão sendo bem utilizadas. É comum que ciclistas desviem de rotas mal planejadas ou inseguras.

A plataforma Strava Metro foi criada em 2014 e cobrava uma taxa anual dos usuários. Seu conteúdo é voltado a gestores públicos, urbanistas, pesquisadores e entidades que promovem o uso da bike. O acesso pode ser solicitado nesta página.

O Strava tem 68 milhões de usuários, sendo 9 milhões no Brasil. Outras empresas de tecnologia da área de mobilidade, como Moovit e Uber, também disponibilizam dados para ajudar no planejamento urbano.


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E se, em vez de asfalto, prefeitos comprassem contêineres para lixo antes da eleição? https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/08/21/e-se-em-vez-de-asfalto-prefeitos-comprassem-conteineres-para-lixo-antes-da-eleicao/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/08/21/e-se-em-vez-de-asfalto-prefeitos-comprassem-conteineres-para-lixo-antes-da-eleicao/#respond Fri, 21 Aug 2020 15:50:25 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/IMG_0259-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1853 Perto das eleições municipais, é comum ver ruas com asfalto novinho. Os buracos somem, mas outro problema segue: lixo espalhado ao ar livre.

Muitos bairros têm os chamados pontos viciados, locais onde as pessoas descartam madeiras, entulhos variados e o lixo do dia a dia, como parte da rotina.

Mesmo com multas elevadas e a criação de ecopontos, a situação persiste. Ela poderia ser amenizada com uma saída relativamente simples: o uso de contêineres.

Essas estruturas ocupam espaço nas ruas, mas podem ser estacionadas nas vagas para carros. Onde as vias são muito estreitas ou há grande demanda de lixo, pode-se colocar modelos enterrados e aproveitar para reformar o lugar, criando uma mini praça.

Contêineres para coleta de lixo em Pirituba, zona norte de São Paulo, a cerca de 2 km do local da foto do início do post (Rafael Balago/Folhapress)

A instalação deles precisa ser acompanhada por um trabalho de conscientização da população do entorno, para que não joguem lixo em volta do contêiner quando ele lotar, por exemplo.

A implantação tem custo, mas pode gerar economia a longo prazo, com a redução do tempo de coleta: o caminhão precisa fazer menos paradas no caminho, na comparação com o recolhimento porta a porta.

A ideia, já usada em cidades como Brasília e em algumas partes de São Paulo, pode ser a saída para terminar com um jogo de cena: todos sabem que não se pode jogar o lixo dessa forma, mas o fazem porque a prefeitura, cedo ou tarde, leva tudo embora.

Até isso ocorrer, os restos se esparramam pela calçada, bloqueiam a passagem e geram mau cheiro. Prefeitos que escolhem investir no asfalto pela questão estética poderiam lembrar que uma cidade sem lixo exposto também fica mais bonita.


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Insper dá bolsas para pós em urbanismo voltada a melhorar regiões pobres https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/07/10/insper-da-bolsas-para-pos-em-urbanismo-voltada-a-melhorar-regioes-pobres/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/07/10/insper-da-bolsas-para-pos-em-urbanismo-voltada-a-melhorar-regioes-pobres/#respond Fri, 10 Jul 2020 17:58:43 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/mauá-verpa.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1816 O Insper lançou um curso de pós-graduação em urbanismo social. O curso irá apresentar, debater e planejar iniciativas de urbanismo voltadas para a redução da pobreza e para a inclusão social nas cidades, especialmente nas periferias e em outros territórios considerados vulneráveis.

O curso é voltado para gestores públicos, do terceiro setor e da iniciativa privada, assim como agentes comunitários que atuem com políticas públicas urbanas.

Um de seus objetivos é capacitar profissionais para tocar projetos de mudanças nas cidades, em ações feitas de modo conjunto com as comunidades que serão atendidas.

São oferecidas bolsas de estudo, com prioridade para candidatos que estejam atualmente envolvidos em algum projeto ou ação voltada para territórios vulneráveis.

O curso é feito em parceria com a plataforma Arq.Futuro, que discute o futuro das cidades, e o instituto Itaú Cultural. Serão 360 horas-aula, divididas em quatro trimestres. As aulas começam em 26 de outubro, inicialmente a distância. Elas deverão se tornar presenciais, em São Paulo, quando a pandemia passar.

As inscrições podem ser feitas pelo site, até 20 de agosto.

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Aumento do home office facilitará espalhamento das cidades, diz especialista https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/06/11/aumento-do-home-office-facilitara-espalhamento-das-cidades-diz-especialista/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/06/11/aumento-do-home-office-facilitara-espalhamento-das-cidades-diz-especialista/#respond Thu, 11 Jun 2020 13:39:27 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2020/06/9bd8164298d85380b48c0eb5e3dda81b6a0c5779e0f2a1dd556b3428c9d18e35_5d62c7945d862.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1737 A adoção mais ampla do trabalho em casa pode levar a um espraiamento das cidades e ao aumento das moradias longe do centro, pois morar perto da empresa deixa de fazer diferença. Com isso, viver em bairros mais afastados se torna uma ideia mais viável, analisou Danilo Igliori, professor de economia da USP, durante um debate virtual promovido pelo Insper.

Igliori usou um exemplo prático: sua equipe do Grupo Zap, onde ele é economista-chefe, está trabalhando a partir de vários bairros e cidades da Grande São Paulo, a muitos quilômetros de distância. Algumas pessoas que tinham a opção de ir para uma segunda casa fora da capital também se instalaram nelas nesse período.

Assim, se a tendência esperada de menor uso dos escritórios se concretizar, isso poderá mudar a cara das cidades no futuro e fazer com que os bairros mais afastados tenham um maior uso ao longo do dia, em vez de servir apenas como dormitórios durante a semana.

O debate (veja aqui a íntegra) abordou também o conceito de “cidade virtual”: a rede de pessoas que dividem atividades e serviços, e que podem compartilhar ou não a mesma cidade real.

Para Igliori, a pandemia reforça essa cidade virtual, marcada pelo trabalho à distância, reuniões em vídeo, compras online e pedidos de comida, mas também replica a desigualdade social.

“Muitas pessoas que já eram excluídas da cidade real também estão de fora dessa cidade virtual”, aponta. Ele citou o exemplo de entregadores, que passam o dia nas ruas entregando comida para que as pessoas não precisem sair de casa, sendo que esses profissionais geralmente não podem desfrutar da vantagem que proporcionam aos outros.

A disparidade no acesso à internet entre as classes sociais é outra questão, que dificulta o acesso ao estudo virtual, por exemplo.

Esse webinar fez parte de uma série de conversas que o Insper realizou nas últimas semanas, para debater os impactos da pandemia na organização das cidades. Os vídeos podem ser conferidos no canal da instituição no YouTube.

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Paris tem rodoviária camuflada dentro de parque https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/07/10/paris-tem-rodoviaria-camuflada-dentro-de-parque/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/07/10/paris-tem-rodoviaria-camuflada-dentro-de-parque/#respond Wed, 10 Jul 2019 13:57:35 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/07/IMG_5307-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1242 No parque de Bercy, em Paris, é comum ver pessoas andando com malas ou sentadas com as bagagens na grama, enquanto esperam. Ali, portas meio escondidas entre quadras esportivas e um jardim elevado dão acesso à uma rodoviária, de onde partem ônibus para o interior da França e países vizinhos, como Bélgica e Espanha.

A rodoviária fica parcialmente enterrada, um pouco abaixo do nível do solo. Seu teto é coberto por jardins e uma escadaria, que disfarça bem o que há por baixo. O parque é silencioso e não se ouve ali nenhum sinal dos ônibus.

O parque foi criado na década de 1990, a partir da recuperação de áreas antes usadas por comerciantes de vinhos, e fica na parte sul da cidade, a meia hora de caminhada da catedral de Notre-Dame, um dos pontos mais conhecidos da cidade.

Parque de Bercy, em Paris, onde há uma rodoviária (Rafael Balago/Folhapress)

Rodoviárias subterrâneas são comuns em outras cidades do mundo. Em Nova York, a Penn Station, de onde partem trens regionais, é totalmente escondida. A estação original foi demolida nos anos 1960, o que liberou espaço para a construção de prédios, mas gerou críticas por destruir um prédio de valor histórico. Outra estação local que seguiu de pé, a Grand Central, é um dos símbolos da cidade.

No entanto, rodoviárias como a Barra Funda e o Tietê possuem pouco valor arquitetônico e ocupam grandes áreas que poderiam ter outros usos. O modelo de rodoviária subterrânea também poderia ser adotado para a criação de paradas menores em outros bairros da cidade.

Governo e Prefeitura São Paulo têm planos de conceder terminais de ônibus urbanos à iniciativa privada, com a expectativa de que esses terrenos valorizados despertem interesse comercial e abriguem shoppings ou prédios. Com bons projetos, como mostra Paris, esses espaços poderiam dar lugar a mais verde.

Rodoviária de Bercy, em Paris, camuflada por um parque (Rafael Balago/Folhapress)
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Debate aborda como literatura interfere na imagem das cidades https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/02/20/debate-aborda-como-literatura-interfere-na-imagem-das-cidades/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/02/20/debate-aborda-como-literatura-interfere-na-imagem-das-cidades/#respond Wed, 20 Feb 2019 12:16:21 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/02/Ana_Cecilia_Foto_-Josefina-Arias_IC-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1057 As imagens de Paris como uma cidade glamourosa ou de São Paulo como um lugar inóspito são comuns em filmes, músicas e livros. Um debate nesta quarta (20) tratará de como a literatura pode interferir na imagem que as pessoas formam das cidades, e como os espaços urbanos influenciam a produção dos escritores.

O evento será realizado no Itaú Cultural, em São Paulo, como parte da série de encontros Brechas Urbanas, e tem entrada gratuita. No debate, serão abordados livros e autores latino-americanos do início do século 20 e da atualidade.

“Na literatura do século 20, o escritor podia acompanhar o tom eufórico da modernidade. No século 21, testemunhamos o fracasso da promessa da modernidade, os restos que o capitalismo deixou nos cenários urbanos”, diz Ana Cecília Olmos, professora de literatura da USP, que participa do debate ao lado do escritor Mailson Furtado Viana.

“No século 20, foram realizados muitos projetos de modernização das cidades promovidos pelo Estado. As cidades com portos são grandes cenários de mudanças na América Latina”, aponta Olmos. Sobre esse período, ela falará sobre livros de autores como Júlio Cortázar (1914-1984) e Mário de Andrade (1893-1945).

Para a professora, a globalização tem acelerado as relações econômicas e culturais nas cidades contemporâneas, e têm tornado os espaços públicos cada vez mais parecidos. Com isso, diminuem as possibilidades de moradores, turistas e personagens encontrarem aventuras e novidades ao caminhar por elas, como acontece nos livros.

“A literatura nunca é capaz de retratar uma cidade por inteiro. Apenas fragmentos dessa realidade”, explica Olmos. “Cada pessoa tem uma experiência diferente da cidade. Para um turista, há a Paris glamourosa. Mas para um imigrante subsaariano, há uma Paris muito mais hostil”.

Brechas Urbanas – Escrevendo a Cidade. Itaú Cultural. Av. Paulista, 149. São Paulo. Tel. 2168-1777. Qua. (20).: 20h. Livre. Grátis.

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Reduzir caminhões de bombeiros tornaria ruas mais seguras, diz estudo https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/12/20/reduzir-caminhoes-de-bombeiros-tornaria-ruas-mais-seguras-diz-estudo/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/12/20/reduzir-caminhoes-de-bombeiros-tornaria-ruas-mais-seguras-diz-estudo/#respond Thu, 20 Dec 2018 14:09:30 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/12/firetruck-1-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=936 Um estudo feito pelo Departamento de Transporte dos Estados Unidos (DOT) recomenda reduzir o tamanho dos caminhões de bombeiros para aumentar a segurança nas vias.

Os pesquisadores lembram que as ruas precisam ser desenhadas com espaço suficiente para que veículos de resgate, como caminhões de bombeiros, tenham espaço para circular e manobrar durante emergências.

Assim, para garantir espaço aos modelos de grande porte, são feitas vias mais largas. E, em pistas mais amplas, os motoristas de carros comuns se sentem mais à vontade para acelerar além do necessário.

“Projetar ruas pensando em veículos grandes aumenta a probabilidade dos carros trafegarem a velocidades que geram risco”, diz o estudo (íntegra aqui, em PDF).

“Embora o redesenho das ruas seja amplamente reconhecido como uma forma altamente eficiente de reduzir as mortes no trânsito, o espaço demandado por veículos grandes frequentemente impede as cidades de adotar mudanças, como reduzir a distância das travessias a pé e criar faixas protegidas para pedestres e ciclistas”.

Caminhões de bombeiros menores e elétricos exibidos em feira em Xangai, na China (Aly Song/Reuters)

Assim, a sugestão dos pesquisadores é que as forças de segurança sejam as primeiras a reduzir o tamanho de parte de seus veículos de emergência e, assim, permitir que mais ruas sejam adaptadas para priorizar a segurança dos pedestres.

Nos EUA, os caminhões grandes são 4% da frota, mas estão envolvidos em 7% das mortes de pedestres e 11% das mortes de ciclistas, segundo o DOT. Em 2017, 4.761 pessoas morreram vítimas de acidentes envolvendo caminhões no país.

Em 2017, os caminhões responderam por 6,7% dos acidentes fatais de trânsito na cidade de São Paulo. Eles representam 1,9% da frota. No entanto, o número de acidentes com esses veículos vêm caindo. Foram 72 no passado, contra 200 em 2007.

Além de ocupar mais espaço, veículos pesados oferecem três riscos: neles, a visibilidade do motorista a pessoas ao redor é menor, o tempo de freagem em caso de necessidade é maior e, devido ao peso, o impacto gerado numa batida é muito mais forte.

Outra sugestão do estudo para reduzir acidentes é adaptar os veículos existentes para melhorar a visibilidade dos condutores, como colocar janelas maiores nas portas laterais e reduzir a pintura e os adesivos nos vidros das viaturas. A dica vale também para os ônibus.

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