Avenidas https://avenidas.blogfolha.uol.com.br Ideias para melhorar a vida nas cidades Tue, 14 Dec 2021 17:44:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Madri terá linhas de ônibus grátis na área central https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/09/30/madri-tera-linhas-de-onibus-gratis-na-area-central/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/09/30/madri-tera-linhas-de-onibus-gratis-na-area-central/#respond Mon, 30 Sep 2019 17:20:37 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/09/IMG_4889-1-320x213.jpeg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1438 A prefeitura de Madri anunciou nesta segunda-feira (30) que criará duas linhas de ônibus gratuitas para circular na área central da cidade.

Os novos trajetos terão ônibus que não emitem poluentes. Com isso, o programa foi apelidado de “dobro zero”: zero emissões e custo zero para os passageiros.

Uma das linhas fará um trajeto leste-oeste, da avenida Felipe 2 até a praça Moncloa, passando perto do parque do Retiro e pela Gran Via, uma das avenidas mais conhecidas da cidade. O trajeto tem cerca de 4 km.

A outra irá de norte a sul, da Glorieta de Quevedo até a Porta de Toledo, em um traçado de cerca de 5 km.

O centro de Madri é uma área restrita para carros poluentes desde o fim do ano passado. O prefeito José Martínez-Almeida, que tomou posse em junho, tentou afrouxar a medida, mas foi impedido pela Justiça.

Manifestantes protestaram contra fim de multas para carros poluentes em Madri em 29 de junho – Juan Medina/Reuters

A prefeitura da capital espanhola promete aumentar a frota de ônibus elétricos de 68 para 668 nos próximos oito anos. A cidade tem ao todo 2.000 coletivos.

Além da poluição do ar, os ônibus elétricos também reduzem o ruído nas cidades, pois seus motores são silenciosos.

Há a expectativa de que, nos próximos anos, o avanço na tecnologia das baterias abra espaço para a expansão dos ônibus elétricos. As baterias precisam ficar mais leves, mais baratas e serem capazes de armazenar mais energia.

A transição para este modelo caminha lentamente no Brasil, onde o diesel segue sendo o principal combustível usado nos ônibus.

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Madri testa pagamento de ônibus com reconhecimento facial https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/09/23/madri-testa-pagamento-de-onibus-com-reconhecimento-facial/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/09/23/madri-testa-pagamento-de-onibus-com-reconhecimento-facial/#respond Mon, 23 Sep 2019 17:41:06 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/09/EE0Xvg3XYAAVTvf-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1415 Entrou, olhou para a câmera, pagou. Madri, capital da Espanha, inicia em outubro um teste de pagamentos das viagens de ônibus por reconhecimento facial.

Para usar este meio de pagamento, os passageiros precisarão baixar um aplicativo, fazer um cadastro com os dados de pagamento e tirar uma selfie. Assim, cada vez que passar no ônibus, o reconhecimento do rosto autoriza o débito da passagem na fatura ou conta do cartão cadastrado.

Um tablet instalado no ônibus fará a leitura dos rostos. Na Espanha, não há catracas nem cobradores nos ônibus. O experimento é feito em parceria com Mastercard, Santander e a startup Saffe.

Tablet será usado para validar pagamentos (Reprodução/Twitter)

O teste inicial será feito com cem usuários, em uma linha da cidade, e durará seis meses. Se obtiver sucesso, será expandido para outros trajetos.

O pagamento por reconhecimento facial também está em testes na China, em cidades como Xangai.

No Brasil, o pagamento com cartões de crédito e débito começa a chegar aos transportes públicos. Cidades como Jundiaí e Brasília já os aceitam. O transporte de Londres tem esse modelo desde 2014, e Nova York começou a implantar a tecnologia em junho.

Em São Paulo, testes para o pagamento dos ônibus com cartões bancários estão sendo feitos em dez linhas municipais. E o metrô e a CPTM fazem experiências o uso de QR Code. Neste modelo, o usuário faz o pagamento em seu celular e recebe um código para ser apresentado na catraca.

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Uber terá de ser pedido uma hora antes do embarque em Barcelona https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/01/24/uber-tera-de-ser-pedido-1h-antes-do-embarque-em-barcelona/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/01/24/uber-tera-de-ser-pedido-1h-antes-do-embarque-em-barcelona/#respond Thu, 24 Jan 2019 15:48:23 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/01/uber-3-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1024 Aplicativos como Uber e Cabify estão enfrentando duros reveses na Espanha nos últimos dias.

O governo da Catalunha propôs novas regras para os veículos chamados por aplicativos, apelidados de VTC no país. A medida mais polêmica é exigir que os clientes não possam mais pedir um carro de forma imediata: será preciso fazer a solicitação ao menos 15 minutos antes.

No entanto, os taxistas catalães acharam pouco tempo: eles queriam que a reserva tivesse de ser feita até 24 horas antes do embarque, e iniciaram uma greve que durou seis dias.

Após negociações, o governo da Catalunha decidiu que cada cidade poderá determinar a antecedência obrigatória da reserva, até o limite de uma hora. A cidade de Barcelona optará pelo tempo máximo, segundo a prefeita Ada Colau.

Outro ponto polêmico previsto é a proibição do uso de geolocalização dos carros, o que impedirá os usuários de saber se há veículos por perto, por exemplo. As novas regras devem entrar em vigor nos próximos dias.

Táxis bloqueiam a Gran Via, em Barcelona, no domingo (20) – (Pau Barrena/AFP)

Como resposta, Uber e Cabify ameaçaram parar de atuar em Barcelona, mas ainda negociam com o governo. Em Barcelona, há 2.134 VTCs e 10.523 táxis.

Animados pelas mudanças na Catalunha, os taxistas de Madri também iniciaram uma greve, para exigir que a limitação de tempo também seja adotada na capital espanhola. Uma paralisação dos condutores de táxi na cidade chegou ao quarto dia nesta quinta (24).

Os taxistas espanhóis querem garantir para si a possibilidade de atender aos clientes de forma imediata, seja por um chamado na rua ou por aplicativo. Ao proteger seu mercado da concorrência, os motoristas evitam perder dinheiro. Para os usuários, se reduzem as opções de transporte, assim como a chance de pagar menos.

Nos próximos anos, outras batalhas virão, com a chegada dos carros sem motorista e dos modelos híbridos entre ônibus e táxi. Resta ver como os governos tratarão disso.

Taxistas protestam na frente do Parlamento regional da Catalunha, em Barcelona (Albert Gea/Reuters)
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Patinetes elétricas foram destaque de 2018 na mobilidade urbana https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/12/28/patinetes-eletricas-foram-destaque-de-2018-no-mundo-da-mobilidade/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/12/28/patinetes-eletricas-foram-destaque-de-2018-no-mundo-da-mobilidade/#respond Fri, 28 Dec 2018 16:51:54 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/12/paris-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=950 Em 2018, as ruas de diversas cidades do mundo ganharam um novo veículo: patinetes elétricas. Na maioria dos casos, elas podem ser liberados via aplicativo de celular, usadas por alguns minutos e depois estacionadas em qualquer lugar. No entanto, ainda há muitas dúvidas sobre onde e como elas devem circular.

Estes veículos lembram um brinquedo, servem para vencer distâncias curtas e médias sem esforço e começaram a ser espalhados em municípios da Califórnia ainda em 2017. Neste ano, chegaram com força a dezenas de cidades americanas e a capitais da Europa, e de forma ainda tímida em São Paulo e no Rio.

Na maior cidade brasileira, porém, as patinetes para empréstimo seguem restritas aos arredores da avenida Brigadeiro Faria Lima, um dos centros financeiros da cidade.

Empresas que as fornecem, como Spin e Lime, levantaram milhões de dólares em investimentos, na expectativa de que seja criado um grande mercado, a exemplo do que ocorreu com os aplicativos para chamar táxi.

Patinetes na entrada do parque Retiro, em Madri (Rafael Balago/Folhapress)

As startups tentaram repetir a estratégia usada pela Uber de lançar o serviço primeiro e discutir as regras com o governo depois. O plano, no entanto, não deu muito certo: cidades como San Francisco ordenaram a retirada das patinetes enquanto debatiam as regras do serviço.

Em Madri, três empresas foram expulsas da cidade em dezembro, por não cumprirem as regras pedidas pela prefeitura. Também foi estabelecida uma cota máxima de patinetes por bairro e proibida a circulação em calçadas.

Ao fazer suas regras, as cidades precisam definir vários pontos, como a velocidade permitida, a quantidade máxima de veículos por região e em qual parte da via pública eles poderão rodar. Na rua, os patinadores podem ser atingidos por carros. Na calçada, há chance de gerar risco para pedestres.

Em dezembro, uma senhora de 90 anos morreu atropelada por um usuário de patinete em Barcelona. A cidade da Catalunha emitiu mais de 3.000 multas a patinadores em 2018, por razões como falar ao celular ao conduzir ou exceder os limites de velocidade. Um lembrete de que novas tecnologias não são imunes a velhos problemas.

 

Outros destaques da mobilidade em 2018:

Avançaram os testes com ônibus autônomos e com robô-táxis, apesar de um carro autônomo ter atropelado e matado uma pessoa nos EUA.

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Greves e protestos relacionadas ao preço dos combustíveis paralisaram o Brasil, em maio, e a França, em dezembro. Nos dois casos, o governo cedeu às reivindicações.

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Em Londres, começou a circular um ônibus que só atende a pontos onde há passageiros. A linha possui rota maleável, modificada automaticamente de acordo com a demanda.

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No mundo dos aplicativos de transporte, a 99 foi comprada pela chinesa Didi e se tornou a primeira start-up brasileira a valer mais de US$ 1 bilhão.

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Em julho, chegaram a São Paulo as bicicletas de empréstimo sem estação. Seis meses depois, elas seguem restritas a uma pequena parte da cidade.

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A expansão do metrô paulistano seguiu o calendário eleitoral e, 16 anos depois de suas primeiras estações serem abertas, a linha 5-lilás finalmente se conectou à rede metroviária.

 

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Cobrir ruas de comércio no verão gera sombra e cenário para selfies https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/11/29/cobrir-ruas-de-comercio-no-verao-gera-sombra-e-cenario-para-selfies/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/11/29/cobrir-ruas-de-comercio-no-verao-gera-sombra-e-cenario-para-selfies/#respond Thu, 29 Nov 2018 13:48:13 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/11/IMG_1997-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=893 Fazer compras na rua num dia de calor é algo bastante cansativo. Tanto que muita gente prefere ir ao shopping para aproveitar a refrescância do ar condicionado.

Na Europa, ruas de comércio de várias cidades instalam coberturas temporárias durante o verão, para dar um pouco de sombra e, assim, atrair mais frequentadores.

Estas coberturas costumam ser coloridas, e acabam virando uma atração: são um bom pano de fundo para selfies e fotos para serem postadas em redes sociais.

Rua coberta com placas em Madri (Rafael Balago/Folhapress)

Há várias ideias para gerar sombra. Em Madri, na Espanha, placas retas de três cores se alternam, formando um efeito visual para quem caminha olhando para cima.

Outra opção usada em vários lugares é cobrir as vias com guarda-chuvas coloridos. Há ruas assim em Dublin, na Irlanda, e em cidades pequenas e turísticas de Portugal, como Viana do Castelo.

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Patinete elétrica lembra sensação de ganhar brinquedo novo; leia teste https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/10/12/patinete-eletrico-lembra-sensacao-de-ganhar-brinquedo-novo-leia-teste/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/10/12/patinete-eletrico-lembra-sensacao-de-ganhar-brinquedo-novo-leia-teste/#respond Fri, 12 Oct 2018 12:32:26 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/10/IMG_2054-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=801 Andar em uma patinete elétrica pela primeira vez é um pouco como testar um brinquedo novo. Há um suspense sobre o que pode acontecer ao apertar o botão da partida e alguma dificuldade inicial para se equilibrar e achar a melhor posição.

Encontrar uma delas para emprestar nas ruas de Madri, na Espanha, é relativamente fácil. Há vários modelos da empresa Lime parados nas esquinas. Para usar, é preciso baixar um aplicativo, fazer um cadastro rápido e escanear um QR code.

Logo após a liberação, surge a dúvida: por onde seguir com o veículo? Perto da guia, ao lado dos carros, ou na calçada, entre os pedestres? A segunda opção parece mais sensata, mas aí surge outro obstáculo: o chão.

Guidão tem velocímetro e acelerador que lembra video-game (Rafael Balago/Folhapress)

As pequenas rodas transmitem ao usuário todas as trepidações do piso. Ir por uma calçada de pedras portuguesas, como é comum no centro de São Paulo, gera uma tremedeira forte e desconfortável. Circular por trechos de terra batida ou em ruas com paralelepípedos traz o mesmo problema.

A patinete só consegue mostrar todo seu potencial numa ciclovia. Ali, o piso (geralmente) liso permite atingir 20 km/h em poucos segundos. Para acelerar, basta apertar um botão com o polegar, o que lembra muito um controle de vídeo-game. O freio é pouco usado: ao soltar o botão, a velocidade diminui rapidamente.

O veículo sobe com facilidade ruas inclinadas e tem um bom controle nas descidas. A autonomia da bateria é grande: fica em torno de 30 km. Mas aí, cabe analisar a capacidade do bolso. Uma viagem de 15 minutos em Madri com um modelo da  Lime custa 3,25 € (cerca de R$ 14).

O empréstimo de patinetes elétricas para percorrer curtas distâncias nas cidades é um negócio que ganhou força neste ano e se espalha por cidades dos Estados Unidos e da Europa. Só a Lime recebeu US$ 335 milhões em investimentos em julho, parte deles vindos de Uber e Alphabet. Outra startup do setor, a Bird, já captou US$ 400 milhões.

No entanto, falta ainda combinar com as prefeituras, para que haja mais espaço e pisos de qualidade onde os patinetes possam ser usados. Desviar de pedestres e carros é tarefa desanimadora em ruas muito cheias. Sem uma estrutura viária adequada, esses veículos podem acabar indo circular só nos parques, onde podem ser usados livremente como se fossem apenas um brinquedo.

Patinetes na entrada do parque Retiro, em Madri (Rafael Balago/Folhapress)
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Simplificar acesso ajuda a aumentar uso de wi-fi público https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/03/26/simplificar-acesso-ajuda-a-aumentar-uso-de-wi-fi-publico/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/03/26/simplificar-acesso-ajuda-a-aumentar-uso-de-wi-fi-publico/#respond Mon, 26 Mar 2018 18:37:08 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/03/Bus-Madrid-150x150.jpg http://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=89 Turistas que vão a Madri sem um pacote de dados no celular logo percebem que podem contar com os ônibus para se conectar. Quando um coletivo se aproxima, o aparelho começa a vibrar com alertas de mensagens. E nem é preciso embarcar para checar as redes sociais ou o aplicativo de mapas.

Uma vantagem do wi-fi madrilenho é que ao fazer a conexão com um ônibus, o smartphone ganha acesso ao sinal de todos os outros veículos de forma automática, sem precisar repetir o processo de buscar a rede, digitar o e-mail e clicar em conectar.

Embora pareça simples, repetir esses passos a cada novo acesso faz com que muita gente não use as redes públicas gratuitas de wi-fi. Preencher o mesmo cadastro inúmeras vezes ou lembrar de uma senha que não se sabe onde foi marcada desanima quem tenta se conectar.

Os ônibus paulistanos que ofertam wi-fi, por exemplo, exigem login e senha. Em São Paulo, até dezembro, 897 dos cerca de 15 mil ônibus da cidade ofereciam o serviço, segundo dados da SPTrans. A prefeitura planeja estender a tecnologia para toda a frota até 2020.

A capital também oferece wi-fi livre em 120 lugares públicos, como praças e parques. No metrô, há 40 estações com sinal aberto. As duas iniciativas possuem sistemas de login diferentes.

É possível facilitar o acesso sem deixar de identificar cada usuário, como determina a lei brasileira. Um jeito simples é criar um perfil de conexão único para todas estas redes, como fazem as operadoras de telefonia que oferecem wi-fi a seus clientes em espaços públicos.

Neste modelo, o usuário instala um arquivo em seu celular e sempre que estiver perto de um ponto de acesso público, a conexão entra de forma automática. Encontrar redes invisíveis é uma tarefa que um smartphone pode fazer melhor do que um humano.

Sugestões? Dúvidas? Escreva para avenidasb@gmail.com.

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