Avenidas https://avenidas.blogfolha.uol.com.br Ideias para melhorar a vida nas cidades Tue, 14 Dec 2021 17:44:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Uber lança serviço de mototáxi em Paris https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/10/13/uber-lanca-servico-de-mototaxi-em-paris/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/10/13/uber-lanca-servico-de-mototaxi-em-paris/#respond Tue, 13 Oct 2020 16:48:24 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/moto-sp-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1982 A Uber faz testes em Paris com um novo serviço: levar passageiros de moto. A novidade foi lançada em 30 de setembro e, por enquanto, está disponível apenas a assinantes de um plano de fidelidade.

O Uber Moto é voltado a pessoas com pressa que querem escapar do trânsito. Ao chegar, o condutor deverá oferecer ao passageiro um capacete, luvas e uma jaqueta de proteção. Será permitido levar uma mala pequena ou mochila a bordo.

O preço é cobrado por tempo e distância, e sai bem mais caro do que ir de carro: um trajeto de 10 km é estimado em 56 euros (R$ 367), segundo a Uber. Em um automóvel, uma distância similar sairia por 6 euros (R$ 39).

A empresa americana já havia feito testes com mototáxis em Paris em 2012 e em Bancoc, na Tailândia, a partir de 2016, mas a ideia não ganhou tração.

O mototáxi é comum em várias cidades brasileiras, especialmente em áreas de difícil acesso, como morros nas periferias. Em São Paulo, era vetado pela prefeitura até o ano passado, quando a Justiça decidiu que a gestão municipal não poderia proibir o modelo, já que uma lei federal o autoriza.

Uma das questões com o mototáxi é o risco maior de acidentes. Em São Paulo, as mortes de motocicistas aumentaram mesmo durante o fechamento geral por conta da pandemia, quando o número de veículos nas ruas diminuiu bastante.

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Paris tem rodoviária camuflada dentro de parque https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/07/10/paris-tem-rodoviaria-camuflada-dentro-de-parque/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/07/10/paris-tem-rodoviaria-camuflada-dentro-de-parque/#respond Wed, 10 Jul 2019 13:57:35 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/07/IMG_5307-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1242 No parque de Bercy, em Paris, é comum ver pessoas andando com malas ou sentadas com as bagagens na grama, enquanto esperam. Ali, portas meio escondidas entre quadras esportivas e um jardim elevado dão acesso à uma rodoviária, de onde partem ônibus para o interior da França e países vizinhos, como Bélgica e Espanha.

A rodoviária fica parcialmente enterrada, um pouco abaixo do nível do solo. Seu teto é coberto por jardins e uma escadaria, que disfarça bem o que há por baixo. O parque é silencioso e não se ouve ali nenhum sinal dos ônibus.

O parque foi criado na década de 1990, a partir da recuperação de áreas antes usadas por comerciantes de vinhos, e fica na parte sul da cidade, a meia hora de caminhada da catedral de Notre-Dame, um dos pontos mais conhecidos da cidade.

Parque de Bercy, em Paris, onde há uma rodoviária (Rafael Balago/Folhapress)

Rodoviárias subterrâneas são comuns em outras cidades do mundo. Em Nova York, a Penn Station, de onde partem trens regionais, é totalmente escondida. A estação original foi demolida nos anos 1960, o que liberou espaço para a construção de prédios, mas gerou críticas por destruir um prédio de valor histórico. Outra estação local que seguiu de pé, a Grand Central, é um dos símbolos da cidade.

No entanto, rodoviárias como a Barra Funda e o Tietê possuem pouco valor arquitetônico e ocupam grandes áreas que poderiam ter outros usos. O modelo de rodoviária subterrânea também poderia ser adotado para a criação de paradas menores em outros bairros da cidade.

Governo e Prefeitura São Paulo têm planos de conceder terminais de ônibus urbanos à iniciativa privada, com a expectativa de que esses terrenos valorizados despertem interesse comercial e abriguem shoppings ou prédios. Com bons projetos, como mostra Paris, esses espaços poderiam dar lugar a mais verde.

Rodoviária de Bercy, em Paris, camuflada por um parque (Rafael Balago/Folhapress)
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Debate aborda como literatura interfere na imagem das cidades https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/02/20/debate-aborda-como-literatura-interfere-na-imagem-das-cidades/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/02/20/debate-aborda-como-literatura-interfere-na-imagem-das-cidades/#respond Wed, 20 Feb 2019 12:16:21 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/02/Ana_Cecilia_Foto_-Josefina-Arias_IC-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1057 As imagens de Paris como uma cidade glamourosa ou de São Paulo como um lugar inóspito são comuns em filmes, músicas e livros. Um debate nesta quarta (20) tratará de como a literatura pode interferir na imagem que as pessoas formam das cidades, e como os espaços urbanos influenciam a produção dos escritores.

O evento será realizado no Itaú Cultural, em São Paulo, como parte da série de encontros Brechas Urbanas, e tem entrada gratuita. No debate, serão abordados livros e autores latino-americanos do início do século 20 e da atualidade.

“Na literatura do século 20, o escritor podia acompanhar o tom eufórico da modernidade. No século 21, testemunhamos o fracasso da promessa da modernidade, os restos que o capitalismo deixou nos cenários urbanos”, diz Ana Cecília Olmos, professora de literatura da USP, que participa do debate ao lado do escritor Mailson Furtado Viana.

“No século 20, foram realizados muitos projetos de modernização das cidades promovidos pelo Estado. As cidades com portos são grandes cenários de mudanças na América Latina”, aponta Olmos. Sobre esse período, ela falará sobre livros de autores como Júlio Cortázar (1914-1984) e Mário de Andrade (1893-1945).

Para a professora, a globalização tem acelerado as relações econômicas e culturais nas cidades contemporâneas, e têm tornado os espaços públicos cada vez mais parecidos. Com isso, diminuem as possibilidades de moradores, turistas e personagens encontrarem aventuras e novidades ao caminhar por elas, como acontece nos livros.

“A literatura nunca é capaz de retratar uma cidade por inteiro. Apenas fragmentos dessa realidade”, explica Olmos. “Cada pessoa tem uma experiência diferente da cidade. Para um turista, há a Paris glamourosa. Mas para um imigrante subsaariano, há uma Paris muito mais hostil”.

Brechas Urbanas – Escrevendo a Cidade. Itaú Cultural. Av. Paulista, 149. São Paulo. Tel. 2168-1777. Qua. (20).: 20h. Livre. Grátis.

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Paris desiste de transporte público grátis para todos e isentará apenas crianças https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/01/14/paris-desiste-de-transporte-publico-gratis-para-todos-e-isentara-apenas-criancas/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/01/14/paris-desiste-de-transporte-publico-gratis-para-todos-e-isentara-apenas-criancas/#respond Mon, 14 Jan 2019 12:42:05 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/01/58593dc992105441b66abd1d5675852a61b895bbca452d1a633fd065928b23cf_5c1a68aead811-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1005 A prefeitura de Paris desistiu da ideia de oferecer passagens gratuitas nos ônibus, trens e metrô da cidade para todos, ao concluir que a gratuidade reduziria muito pouco o tráfego de veículos na cidade.

No início de 2018, a prefeita Anne Hidalgo havia anunciado planos de oferecer transporte gratuito na cidade. No entanto, estudos feitos pelo município concluíram que a grande maioria dos motoristas não deixaria seus carros em casa mesmo que houvesse transporte gratuito, por preferir mais conforto e rapidez. A redução no tráfego de veículos chegaria, no máximo, a 5%.

Apesar de desistir do passe livre geral, a prefeitura anunciou medidas na última quinta (10). Entre elas, a de que dará tarifa grátis a todas as crianças com até 11 anos, a partir de 1º de setembro. E os estudantes com mais de 12 anos passarão a ter direito a meia tarifa.

Ônibus em rua de Paris (Rafael Balago/Folhapress)

Outra novidade é que o sistema de empréstimo de bicicletas públicas, chamado Velib, será gratuito para menores de 18 anos.

Ao não cobrar das crianças e jovens, há maior chance de que pais e familiares passem a usar mais o transporte público quando saírem com os filhos.

A expectativa é que a medida custe € 15 milhões (cerca de R$ 63 milhões) aos cofres públicos por ano. Parte desse custo será bancado pelo aumento de painéis publicitários.

Hidalgo também disse que pretende oferecer tarifa grátis nos transportes para pessoas com renda familiar menor do que um salário mínimo e meio (€ 2,247, equivalente a R$ 9,560). No entanto, essa medida depende do apoio de outros partidos.

Experiências com passe livre estão sendo implantadas em cidades de pequeno e médio porte pelo mundo. Um estudo da Universidade de Bruxelas, divulgado pelo jornal The Guardian, apontou que, em 2017, ao menos 99 sistemas de transporte não cobravam passagem. A maior parte deles, 57, ficavam na Europa, e 11 na América do Sul.

A cidade de Dunquerque, na França, aboliu a cobrança em setembro de 2018. Ali vivem 200 mil pessoas. Em dezembro, Luxemburgo anunciou que a tarifa será zero em todos os transportes do país a partir de meados de 2019. O ducado tem cerca de 600 mil habitantes. Porém, a ideia ainda parece um pouco distante das metrópoles, cuja demanda por transporte costuma estar muito perto (ou além) da saturação.

Estação de metrô Opéra, em Paris (Rafael Balago/Folhapress)
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5 ideias simples que podem ajudar a aumentar as visitas a museus https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/09/05/5-ideias-simples-que-podem-ajudar-a-aumentar-as-visitas-a-museus/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/09/05/5-ideias-simples-que-podem-ajudar-a-aumentar-as-visitas-a-museus/#respond Wed, 05 Sep 2018 13:00:49 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/american-museum-of-natural-history-1468400661PKi-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=704 Pequenos estímulos podem ajudar os museus a atrair mais público, como aumentar sua divulgação no transporte público, ampliar os horários de abertura e vender ingressos em combos com outras atrações. A seguir, cinco ideias usadas em várias cidades do mundo que podem dar aquela forcinha para que mais pessoas incluam uma visita ao museu em seus planos para o fim de semana ou para a próxima viagem de férias.

 

1. Divulgação no transporte público
Em cidades como Paris e Toronto, estações de metrô próximas a grandes museus tem as paredes decoradas de forma diferente, com obras de arte e pinturas, o que desperta o interesse em ir visitá-los. A instituição também é incluída no nome da parada e nos mapas da rede. Em junho, Madri anunciou que irá mudar o nome da estação Atocha do metrô para “Estación del Arte”, pois ela fica perto dos museus do Prado e Reina Sofia.

Em São Paulo, há o metrô Trianon-Masp, mas quem vem de fora nem sempre entende de primeira que “Masp’ se refere a um museu.

Estátuas na estação Museum, em Toronto, no Canadá (Tony Hisgett/Wikimedia Commons)

2. Pacotes combinados de ingressos
Cidades que recebem muitos turistas, como Nova York e Barcelona, vendem combos de ingressos. Um visitante interessado em conhecer o Empire State precisa pagar US$ 57 (R$ 236) se quiser subir ao topo do prédio, mas também pode comprar um pacote que inclui o edifício e mais cinco atrações por US$ 116 (R$ 482). A lista une atrações turísticas, como a Estátua da Liberdade, e museus como o de História Natural e o Guggenhein. O desconto gera um estímulo para ir a mais lugares do que o planejado inicialmente.

3. Entrada grátis, mas em dias acessíveis
É comum que os museus ofereçam entrada livre em alguma data, mas nem sempre é uma opção que favoreça quem trabalha ou estuda. No Masp, por exemplo, não se cobra ingresso de terça e quarta-feira. Na Pinacoteca paulistana, o acesso é livre aos sábados, dia em que mais gente pode ir. Em Paris, museus como o Louvre são gratuitos no primeiro domingo do mês.


4. Horário estendido 
É comum que os museus fechem cedo, o que impede uma visita depois do trabalho, por exemplo. Durante alguns anos, a Pinacoteca de São Paulo ficava aberta até 22h às quintas-feiras, mas a prática foi encerrada.  Diversas instituições do mundo recebem visitantes à noite em ao menos um dia da semana.

5. Valorizar a área externa
O vão livre do Masp é tão ou mais famoso do que a instituição acima dele, assim como a pirâmide de vidro do lado de fora do Louvre. Esses lugares se tornaram pontos turísticos por si só e ajudam a atrair atenção para a instituição.

 

Área externa do Museu do Louvre (Rafael Balago/Folhapress)

 

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Patinetes que atingem 35 km/h chegam à Europa após causar confusão nos EUA https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/07/06/patinetes-eletricos-chegam-a-europa-depois-de-causar-confusao-nos-eua/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/07/06/patinetes-eletricos-chegam-a-europa-depois-de-causar-confusao-nos-eua/#respond Fri, 06 Jul 2018 11:51:14 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/SF-Jeff-Chiu-AP-150x150.jpg http://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=457 Um patinete elétrico de uso público que pode ser liberado pelo celular e depois deixado em qualquer lugar é a nova onda da mobilidade urbana. Depois de gerar queixas nos Estados Unidos, a novidade chegou a Paris no fim de junho.

Boa parte desta confusão se deve ao modo como a ideia foi lançada: o serviço começou sem pedir autorização a ninguém, e coube às prefeituras ter de lidar às pressas com os problemas que surgiram.

Com um patinete destes, o usuário viaja a até 35 km/h sem fazer esforço. A novidade busca atrair gente que quer fazer viagens curtas, como ir do metrô ao escritório, e que não usa bicicleta por não saber pedalar ou não querer se cansar.

Cada empréstimo custa geralmente US$ 1 (cerca de R$ 3,90), mais US$ 0,15 por minuto. Assim, um trajeto de 15 minutos sai por US$ 3,25  (quase R$ 13) nos EUA e € 3,25 (aproximadamente R$ 15) em Paris.

Usuário estaciona patinete em Atlanta, nos EUA (Brinley Hineman/AP)

Chamados de “scooters”, estes veículos começaram a aparecer nas ruas dos Estados Unidos em setembro de 2017, primeiro na Califórnia e depois em cidades como Washington e Atlanta. Junto com eles, vieram problemas. Como podem ser deixados em qualquer lugar, patinetes abandonados em calçadas, rampas para cadeirantes e saídas de garagens atrapalham a circulação.

O uso deles em meio aos carros também gera preocupações. Em Santa Monica, na Califórnia, houve oito acidentes envolvendo patinetes nos primeiros 40 dias de 2018, incluindo um braço quebrado, segundo o Washington Post. 

A prefeitura local processou a empresa Bird por ter lançado o serviço sem autorização. Após um acordo, a companhia aceitou uma multa de US$ 300 mil (R$ 1,2 milhão) e se comprometeu a fazer mudanças, como reduzir a velocidade máxima de 35 para 24 km/h.

Em março, eles chegaram a San Francisco. Três marcas, Bird, LimeBike e Spin, espalharam ali cerca de 600 unidades. No começo de junho, a prefeitura proibiu seu uso enquanto debate as novas regras. A proposta é que operadoras tenham de criar planos para manter as calçadas livres, aumentar a segurança e compartilhar dados de uso, segundo o San Francisco Chronicle

Liberação do veículo é feita pelo celular (Benoit Tessier/Reuters)

Uma das ideias em discussão é pedir aos usuários que tirem fotos para provar que estacionaram os patinetes de forma correta. Outra é dar desconto a quem enviar selfies usando capacete.

Ao todo, 12 empresas se candidataram a entrar neste mercado em San Francisco. O negócio tem atraído o interesse do setor financeiro. Fundada em junho de 2017, a LimeBike já recebeu US$ 350 milhões (R$ 1,3 bi) em investimentos.

A expectativa é tentar repetir o sucesso de iniciativas como a Uber, cujo valor de mercado foi avaliado em US$ 72 bilhões (R$ 283 bi) no início de 2018. É quase o mesmo da montadora BMW.

Empresas que oferecem transporte por carro estão entrando no setor das chamadas microviagens. Em abril, a Uber comprou a Jump, startup que opera bicicletas elétricas, como parte do projeto de atuar em outros serviços de mobilidade.

Arthur Louis Jacquier, diretor da LimeBike, em Paris (Benoit Tessier/Reuters)

A LimeBike, que chegou a Paris no fim de junho, planeja levar seus patinetes elétricos a outras 26 cidades da Europa até o fim do ano. Neste continente, a abordagem tem sido diferente. A empresa fez um acordo com a prefeitura da capital francesa e contratou trabalhadores para recolher e recarregar os veículos à noite, em vez de deixar o trabalho para freelancers, como nos EUA. Retirá-los das ruas de noite é também uma forma de evitar vandalismo.

Nas cidades americanas, qualquer pessoa que tenha um carro pode se cadastrar no site e ganhar dinheiro cuidando dos patinetes. É preciso levá-los para casa, ligar na tomada e devolvê-los para as ruas com a bateria cheia na manhã seguinte. A tarefa de sair pela cidade buscando scooters foi comparado ao jogo “Pokemón Go”, mas com recompensas mais palpáveis: cada recarga gera entre US$ 5 (R$ 19) e US$ 12 (R$ 47).

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