Avenidas https://avenidas.blogfolha.uol.com.br Ideias para melhorar a vida nas cidades Tue, 14 Dec 2021 17:44:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Austrália usará radar com inteligência artificial para multar uso de celular ao dirigir https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/10/10/australia-usara-radar-com-inteligencia-artificial-para-multar-uso-de-celular-ao-dirigir/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/10/10/australia-usara-radar-com-inteligencia-artificial-para-multar-uso-de-celular-ao-dirigir/#respond Thu, 10 Oct 2019 19:18:26 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/10/3fbb600c8e9331e5ef62e5a3a844c01b-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1471 O governo de Nova Gales do Sul, na Austrália, implantará um programa de inteligência artificial que analisa imagens do interior dos carros para checar se os motoristas estão usando o celular enquanto dirigem.

Além do programa, as câmeras nas vias foram reposicionadas, para captar o interior dos carros, e não apenas as placas. Haverá também câmeras colocadas em veículos, para fazer fiscalizações móveis.

Segundo o fornecedor da tecnologia, a Acusensus, o sistema é capaz de analisar as imagens dia e noite, em qualquer condição climática e independente da velocidade em que o automóvel esteja.

Câmeras de alta definição tiram as fotos e, em seguida, um programa analisa as imagens para checar se o motorista está se comportando de forma adequada. Com isso, é possível avaliar a situação de todos os veículos que passam pelas vias.

Os casos suspeitos são encaminhadas para um analista humano, que dará o veredito sobre a multa. A Acusensus diz que o sistema pode borrar automaticamente as imagens dos passageiros e que usa mecanismos para proteger a privacidade dos condutores.

A decisão de implantar o programa em Nova Gales veio após seis meses de testes, terminados em setembro. Nesse período, o sistema foi capaz de checar 8,5 milhões de veículos e flagrar mais de 100 mil condutores mexendo no celular ao dirigir.

Até dezembro, serão enviados apenas avisos aos motoristas flagrados. Depois disso, haverá multa de 344 dólares australianos (R$ 959) por infração. A meta do governo é que o programa seja expandido gradualmente, até ser capaz de analisar 135 milhões de veículos por ano, em 2023.

A expectativa é que o programa seja capaz de evitar cerca de 100 mortes e acidentes graves em cinco anos. “Quando você dirige usando um telefone, a sua atenção não está na estrada, nos outros carros, nos pedestres ou em outros perigos e isso representa um risco para todos que usam as ruas”, disse Michael Corboy, comissário da Polícia de Trânsito de Nova Gales do Sul, em comunicado.

Até setembro, mais de 16.500 motoristas haviam sido multados por usar o celular ao dirigir na região, que tem cerca de 7,5 milhões de pessoas e inclui a cidade de Sydney.

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Uber mostra uma prévia da montanha de dados que possui sobre as cidades https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/05/21/uber-mostra-uma-previa-da-montanha-de-dados-que-possui-sobre-as-cidades/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/05/21/uber-mostra-uma-previa-da-montanha-de-dados-que-possui-sobre-as-cidades/#respond Tue, 21 May 2019 13:08:11 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/05/2-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1202 Quantas vezes por dia o trânsito trava na avenida onde você passa todo dia? O Uber provavelmente sabe. E, aos poucos, começa a dividir os dados que possui sobre o trânsito com o público em geral.

A empresa tem uma plataforma, chamada Movement, que apresenta dados sobre o trânsito em algumas cidades onde opera, incluindo São Paulo. Na semana passada, foi incluída uma nova função, que informa a velocidade média de cada trecho de rua, com base em milhares de viagens realizadas. Os dados foram coletados ao longo de um ano e, por enquanto, estão disponíveis apenas para cidades como Londres e Nova York.

Para São Paulo, o Movement oferece apenas dados de tempos médios de deslocamento. Assim, é possível saber que é mais rápido ir do centro ao Ipiranga, na zona sul, do que para a Barra Funda, na zona oeste, embora a Barra Funda esteja alguns quilômetros mais próxima.

Essa avalanche de dados sobre os deslocamentos ajuda as empresas de transporte a ganhar mais dinheiro, pois facilitam a rotina de planejar a distribuição dos carros ao longo do dia, traçar rotas mais rápidas e desviar do trânsito antes de ele se formar.

Ferramenta Movement mostra trânsito por trechos de ruas em Londres (Reprodução)

Os dados mostrados até agora pelo Movement (tempo de deslocamento entre bairros e velocidade das vias) são uma ponta do iceberg do total de informações que as empresas estão levantando sobre como as pessoas se deslocam pelas cidades. Conforme esses dados chegarem aos governos e forem trabalhados, será possível tomar diversas medidas para melhorar o trânsito, como redistribuir as rotas para ruas mais ociosas, mudar linhas de ônibus e detectar mais facilmente onde há superlotação.

Para as prefeituras, será possível diagnosticar facilmente os gargalos nas ruas. Reprogramar semáforos ou redesenhar um cruzamento podem resolver o problema, por exemplo. Em casos mais graves, a situação pode exigir alargar vias, construir pontes ou buscar formas de redistribuir o trânsito para outras rotas. Ampliar a oferta de transporte público na região com problemas também pode ajudar a diminuir o trânsito dos carros.

Há trocas de informações entre governos e empresas, mas abrir esses registros ao público permite a mais pesquisadores e desenvolvedores analisar e buscar soluções. A  população também terá uma forma de checar se os problemas estão sendo resolvidos. A sensação de que um mesmo lugar tem problemas há anos agora fica documentada em detalhes.

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Campanha ‘multa’ motoristas no trânsito para convencê-los a ir de trem https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/08/06/campanha-multa-motoristas-no-transito-para-convence-los-a-ir-de-trem/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/08/06/campanha-multa-motoristas-no-transito-para-convence-los-a-ir-de-trem/#respond Mon, 06 Aug 2018 13:26:38 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/captura3-150x150.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=572 A Comboios de Portugal fez uma campanha curiosa para atrair mais passageiros aos seus trens: “multar” motoristas que estão dirigindo em velocidade muito baixa, por estarem presos no trânsito.

Para isso, a operadora instalou radares que medem o ritmo do tráfego em vias do Porto e de Lisboa. Quando a velocidade fica muito baixa, agentes da empresa entregam bilhetes aos condutores.

A multa na verdade é um convite: ela pode ser trocada por um passe mensal, que dá direito a usar os trens de forma gratuita por um mês. Ao todo, foram distribuídos 3.000 vales. A ação foi realizada no primeiro semestre de 2018.

A campanha foi uma forma de tentar convencer os motoristas a trocar o carro pelo serviço lusitano de trens que, embora não pegue trânsito, costuma ter alguns atrasos.

No Brasil, o transporte público tem perdido passageiros. Segundo a NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), houve queda de 9,5% no número de passageiros em 2017, na comparação com o ano anterior. Isso representa, em média, 3,6 milhões de viajantes a menos por dia.

Ações criativas, promoções e outras mudanças, como oferecer descontos, criar novas linhas e assegurar melhores condições de viagem, poderiam ajudar a reverter estes números.

Radar instalado em Portugal (Divulgação)
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Agentes seguem motoristas suspensos para evitar que voltem a dirigir https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/07/02/agentes-seguem-motoristas-suspensos-para-evitar-que-voltem-a-dirigir/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/07/02/agentes-seguem-motoristas-suspensos-para-evitar-que-voltem-a-dirigir/#respond Mon, 02 Jul 2018 13:23:42 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/IMG_4463-150x150.jpg http://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=422 Motoristas com habilitação suspensa depois de estourar o limite de multas nem sempre deixam de dirigir. Uma tática comum é sair com o carro em nome de outra pessoa da família, por exemplo.

Para tirar estes condutores das ruas e, assim, aumentar a segurança das vias, o departamento de trânsito de Ferrol, cidade no norte da Espanha, passou a seguí-los de perto. As autoridades levantam informações sobre os trajetos mais habituais, como casa e trabalho, e passam a vigiar essas rotas, à espera de que o infrator passe por ali.

Quando o flagra acontece, os agentes aplicam novas sanções, que podem incluir a perda definitiva da habilitação.

Segundo o jornal La Voz de Galicia, a prática é feita há cerca de um ano e tem como foco pessoas que já foram autuadas quatro ou cinco vezes por infrações graves, principalmente a de dirigir sob efeito de álcool.

Um pequeno número de condutores imprudentes pode gerar muitos problemas. Em São Paulo, segundo balanço da prefeitura, 5,5% dos veículos da cidade foram responsáveis por 60% das multas entre janeiro e outubro de 2017. E apenas 30% dos automóveis foram punidos no ano passado.

A gestão local também aponta que 26% do total de motoristas autuados reincidiram e levaram mais de três multas em 2017.

Cidadãos que desprezam as leis de trânsito colocam outras pessoas em risco. Novas tecnologias, como sensores que fazem leitura de placas, poderão ajudar a dissuadir condutores suspensos a pegar o volante.

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Semáforo que ‘fala’ e outras 4 ideias para melhorar cruzamentos https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/06/07/semaforo-que-apita-e-outras-ideias-para-melhorar-cruzamentos/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/06/07/semaforo-que-apita-e-outras-ideias-para-melhorar-cruzamentos/#respond Thu, 07 Jun 2018 11:27:31 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/semaforo-150x150.png http://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=349 Pequenas mudanças nas regras de trânsito e nas configurações dos semáforos podem ajudar o trânsito a fluir melhor e também a torná-lo mais seguro.  A seguir, cinco exemplos adotados em cruzamentos pelo mundo.

1. Semáforo que apita quando abre
Um som avisa aos pedestres que eles podem atravessar. Pensado inicialmente para cegos, ajuda também as pessoas que se distraem olhando o celular enquanto esperam sua vez. O alerta pode ser um simples apito ou uma gravação, que diz o nome da rua que está livre para quem caminha.

2. Farol de largada
Antes do verde acender, o amarelo dá uma piscada. Serve como alerta para os motoristas darem a partida. Usado em países como Inglaterra e Argentina.

3. Conversão livre à direita
Se o cruzamento está fechado, é permitido virar à direita, desde que a manobra possa ser feita com segurança e que os pedestres já tenham atravessado a rua. Adotado nos Estados Unidos.

Semáforo menor para motoristas, usado na Espanha (Rafael Balago/Folhapress)

4. Sinal menor, na altura dos olhos dos motoristas
Quando o carro está muito perto do semáforo (ou embaixo dele), fica difícil ver se ele está verde ou vermelho. Na Espanha, há um segundo farol, menor, que fica na altura dos olhos dos motoristas. Outra saída: colocar o semáforo na esquina seguinte ao da linha de parada, quando possível.

5. Amarelo piscante em faixas de pedestre
Neste modelo, o semáforo fica vermelho para os carros por alguns segundos e depois passa ao amarelo piscante por cerca de um minuto. Nesse tempo, os pedestres têm prioridade, mas se não houver ninguém querendo passar, os veículos podem seguir viagem sem precisar esperar o verde. Útil para faixas de pedestre com pouco movimento. Usado na Espanha.

 

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Radar dá prêmio ao bairro se motoristas respeitarem limite de velocidade https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/05/26/radar-da-premio-ao-bairro-se-motoristas-respeitarem-limite-de-velocidade/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/05/26/radar-da-premio-ao-bairro-se-motoristas-respeitarem-limite-de-velocidade/#respond Sat, 26 May 2018 18:40:48 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/brabant-radar-150x150.jpg http://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=317 Uma província da Holanda aposta em uma estratégia nova para convencer os motoristas a seguir os limites de velocidade: em vez de multar, dar prêmios para o bairro onde os veículos respeitam as regras.

No experimento realizado na cidade de Helmond, em North Brabant, cada automóvel que passa pelo radar dentro do limite de 30 km/h gera um crédito de 0,10 € (R$ 0,42).

O dinheiro acumulado será usado para reformar um playground do bairro. Cada carro pode gerar até 0,50 € de crédito por dia. A meta é atingir 500 € (R$ 2.125) em três semanas.

“É como se fosse um lembrete para as pessoas prestarem atenção sobre seu papel na segurança do trânsito”, explicou Catelijne Thomassen, porta-voz do governo local, ao The Guardian.

O radar experimental foi instalado na primeira quinzena de maio e ficará três semanas em Dijksestraat, via onde 64% dos veículos aceleram mais do que deveriam. Depois, será levado a outros pontos críticos da província de North Brabant. A agenda do radar móvel está completa para os próximos dois anos.

A região busca zerar as mortes no trânsito, pois tem uma média anual de 30 acidentes fatais, uma das mais altas da Holanda. Como comparação, 797 pessoas perderam a vida em ocorrências envolvendo veículos na cidade de São Paulo em 2017.

 

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Dubai testa placas digitais que avisam se o veículo for roubado https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/04/16/dubai-testa-placas-digitais-que-avisam-se-o-veiculo-for-roubado/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/04/16/dubai-testa-placas-digitais-que-avisam-se-o-veiculo-for-roubado/#respond Mon, 16 Apr 2018 13:07:03 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/dubai-3-150x150.jpg http://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=176 Os para-choques de Dubai terão mudanças. Em vez da tradicional chapa de metal, uma tela digital, como a de um celular, será usada para exibir o número que identifica cada veículo.

A cidade do Oriente Médio começará a testar a novidade em maio. A placa eletrônica terá também um rastreador GPS, sensores e transmissores. Com isso, ela será capaz de avisar às autoridades caso o veículo sofra um acidente.

Se o carro for roubado, o dispositivo passará a exibir um alerta em vez do código de registro.

A nova placa também poderá pagar automaticamente multas, taxas de estacionamento e impostos anuais, via débito da conta bancária do proprietário.

Na hora da venda, a transferência será facilitada. “Como a placa é digital, você pode mudar os dados a qualquer momento por meio de um aplicativo ou pelo site do RTA (órgão de trânsito local), sem nenhuma complicação”, explicou o sultão Abdullah al Marzouqi, diretor do departamento de licenciamento de veículos de Dubai, ao Khaleej Times.

A cidade do Oriente Médio anunciou a novidade na semana passada, em uma feira de tecnologia urbana. Os testes devem durar até novembro.

“Queremos analisar de que forma as placas podem sobreviver ao clima nos Emirados Árabes Unidos, como a umidade e a areia podem afetar a transferência de dados, determinar seu ciclo de vida e outras questoes técnicas”, detalhou al Marzouqi.

O custo do novo dispositivo será definido após os testes, segundo o sultão.

Projeto da placa que deve ser adotada no Brasil (Reprodução)

O Brasil trabalha para adaptar suas placas ao padrão estabecido pelo Mercosul, mas o processo se arrasta há anos. No início de março, o governo federal anunciou que a troca começaria em setembro mas, duas semanas depois, a resolução que determinava a mudança foi suspensa. Segundo o Denatran, a medida ocorreu para atender a um pedido dos fabricantes de placas.

A norma divulgada em março previa que as placas teriam um QR code e um chip, que poderá ser lido por sensores nas ruas. Isso permitirá, entre outras coisas, saber por onde cada veículo passou.

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Novas placas do Mercosul terão chips para registrar por onde veículo passou https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/03/16/novas-placas-do-mercosul-terao-chips-para-registrar-onde-veiculo-passou/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/03/16/novas-placas-do-mercosul-terao-chips-para-registrar-onde-veiculo-passou/#respond Fri, 16 Mar 2018 09:13:10 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/03/nova-placa-150x150.jpg http://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=46 As novas placas no padrão do Mercosul, que o Brasil promete adotar a partir de 1º de setembro, têm espaço para receber um chip. Com ele, será possível saber mais facilmente em quais ruas cada carro, moto ou outro veículo esteve.

Esse chip será lido por sensores de radiofrequência, como os utilizados por sistemas de pagamento de pedágio. Não se trata de um rastreador GPS: os registros só ocorrem quando o automóvel se aproxima dos sensores.

Sua adoção cria formas para que o governo e as empresas detectem quais veículos passaram por determinado ponto, mesmo que a placa esteja oculta. E, ao somar os dados de sensores em vários locais, obter um histórico de viagens de cada um.

Trata-se da retomada da ideia de instalar chips nos para-brisas dos carros, anunciada há alguns anos e adiada várias vezes.

Adquirir o chip junto com a nova placa será uma decisão de cada proprietário, segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). O órgão trabalha em uma resolução sobre o tema para definir quais dispositivos serão aceitos, e pretende incluir tecnologias “de baixo custo”.

À medida que empresas aderirem ao novo modelo, carros com o novo chip poderão pagar estacionamentos e pedágios sem a necessidade de instalar outro dispositivo.

Os dados serão guardados pelo Siniav (Sistema Nacional de Identificação de Veículos), projeto do governo federal que terá uma nova regulamentação publicada “em breve”, de acordo com o Denatran.

“A intenção do governo é conciliar a atual infraestrutura das empresas privadas em prol da segurança pública nas cidades e vias brasileiras, disponibilizando sem custo para isso a identificação dos veículos para as empresas conveniadas, para que elas possam exclusivamente (e não para outras aplicações) prestar seus serviços”, diz o departamento, em nota.

Radares em avenida da zona sul de São Paulo (Ronny Santos – 23.jun.16/Folhapress)

MULTAS POR VELOCIDADE

Com o chip na placa, abre-se caminho para aplicar mais multas por velocidade média: se o carro percorreu dois quilômetros em um minuto, rodou em média a 120 km/h. Isso inibe a prática de frear na frente do equipamento e acelerar acima do limite nos demais trechos.

A lista de usos inclui também identificar automóveis roubados ou que estejam devendo impostos.

A novidade também poderá ajudar as prefeituras a organizar o trânsito, pois será possível contar com precisão quantos carros passam em uma rua em cada hora do dia, por exemplo. Este dados permitirão ajustes mais precisos, como inverter mãos de direção ou regular semáforos de acordo com a demanda, minuto a minuto.

Registrar as rotas feitas por cada veículo será comum quando os carros autônomos chegarem às ruas, pois eles trocarão dados com a internet para informar sua posição e receber dados sobre engarrafamentos ou acidentes à frente. A comunicação será via internet, com as redes 5G, previstas para chegar ao Brasil só na próxima década.

Hoje, já é possível fazer a leitura automática de placas.  Shoppings, por exemplo, criam listas com os horários em que cada carro entrou e saiu. No entanto, a identificação visual tem algumas limitações, como quando dois veículos trafegam muito próximos ou se os motoristas adulteram algum número na placa. Trocar um zero por um oito na memória do chip será bem mais difícil.

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