Avenidas https://avenidas.blogfolha.uol.com.br Ideias para melhorar a vida nas cidades Tue, 14 Dec 2021 17:44:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Uber lança serviço de mototáxi em Paris https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/10/13/uber-lanca-servico-de-mototaxi-em-paris/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/10/13/uber-lanca-servico-de-mototaxi-em-paris/#respond Tue, 13 Oct 2020 16:48:24 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/moto-sp-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1982 A Uber faz testes em Paris com um novo serviço: levar passageiros de moto. A novidade foi lançada em 30 de setembro e, por enquanto, está disponível apenas a assinantes de um plano de fidelidade.

O Uber Moto é voltado a pessoas com pressa que querem escapar do trânsito. Ao chegar, o condutor deverá oferecer ao passageiro um capacete, luvas e uma jaqueta de proteção. Será permitido levar uma mala pequena ou mochila a bordo.

O preço é cobrado por tempo e distância, e sai bem mais caro do que ir de carro: um trajeto de 10 km é estimado em 56 euros (R$ 367), segundo a Uber. Em um automóvel, uma distância similar sairia por 6 euros (R$ 39).

A empresa americana já havia feito testes com mototáxis em Paris em 2012 e em Bancoc, na Tailândia, a partir de 2016, mas a ideia não ganhou tração.

O mototáxi é comum em várias cidades brasileiras, especialmente em áreas de difícil acesso, como morros nas periferias. Em São Paulo, era vetado pela prefeitura até o ano passado, quando a Justiça decidiu que a gestão municipal não poderia proibir o modelo, já que uma lei federal o autoriza.

Uma das questões com o mototáxi é o risco maior de acidentes. Em São Paulo, as mortes de motocicistas aumentaram mesmo durante o fechamento geral por conta da pandemia, quando o número de veículos nas ruas diminuiu bastante.

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Mais pobres aumentam uso de carros de aplicativo na pandemia, e 99 e Uber fazem promoções https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/09/03/mais-pobres-aumentam-uso-de-carros-de-aplicativo-na-pandemia-e-99-e-uber-fazem-promocoes/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/09/03/mais-pobres-aumentam-uso-de-carros-de-aplicativo-na-pandemia-e-99-e-uber-fazem-promocoes/#respond Thu, 03 Sep 2020 18:42:40 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/Arquivo_001-320x213.png https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1903 Em meio à pandemia, o uso de carros de aplicativo cresceu entre as pessoas mais pobres e diminuiu entre as mais ricas, segundo um levantamento da 99, empresa que oferece esse serviço.

Em São Paulo, por exemplo, houve alta de 32% no uso entre as pessoas na faixa dos 25% mais pobres (renda mensal de até R$ 2.612), em uma comparação feita entre os meses de fevereiro e agosto deste ano.

O movimento se repete em outras cidades. O uso entre passageiros de menor renda cresceu 38% em Belo Horizonte, 33% em Porto Alegre e 19% no Rio de Janeiro, no mesmo período, segundo dados da empresa.

Já entre os 25% mais ricos (renda mensal acima de R$ 5.225), houve queda de 42% nas viagens na capital paulista, número similar ao de cidades como Belo Horizonte e Porto Alegre.

Neste levantamento, os perfis de renda variam um pouco de acordo com as cidades. Em SP e em Porto Alegre, foram considerados na faixa de 25% mais pobres as pessoas de renda de até R$ 2.612 mensais (2,5 salários mínimos), por exemplo. Em BH, com renda de até R$ 2.090 por mês.

A decisão de usar mais os carros de aplicativo é uma forma de minimizar o risco de contágio pelo coronavírus nos deslocamentos, segundo uma pesquisa feita pela 99 com usuários de classes C e D.

Em resposta a essa mudança, a empresa lançou a modalidade 99Poupa, que dá desconto de até 30% nas viagens fora dos horários de pico. Nesta categoria, lançada no fim de agosto em São Paulo, o motorista pode demorar mais tempo para chegar até o cliente.

Motorista de aplicativos em São Paulo (Karime Xavier/Folhapress)

A expectativa da 99 é que o valor menor ajude os condutores a fazer mais viagens em momentos que ficariam parados. Com isso, aumentaria sua renda atual, embora ganhem menos por alguns trajetos.

A Uber, concorrente da 99, também oferece descontos fora dos horários de pico. A categoria, chamada Uber Promo, está disponível em São Paulo e no Rio de Janeiro.

No fim de julho, a Uber também passou a oferecer viagens de táxi por seu app na cidade de São Paulo. Em agosto, lançou um programa de descontos em troca de uma mensalidade, chamado Uber Pass.

As empresas de transporte buscam saídas para lidar com a queda nas viagens gerada pela pandemia, que gerou grande impacto em seu faturamento. Na Uber, o volume de corridas teve queda de 72% no segundo trimestre de 2020, na comparação com os primeiros três meses do ano.


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Uber lança plano que dá desconto em viagens e entrega grátis para comida https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/08/11/uber-lanca-plano-que-da-desconto-em-viagens-e-entrega-gratis-para-comida/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/08/11/uber-lanca-plano-que-da-desconto-em-viagens-e-entrega-gratis-para-comida/#respond Tue, 11 Aug 2020 12:07:43 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/uber-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1870 A Uber lança no Brasil nesta terça (11) um plano de assinatura que dá descontos em troca de uma mensalidade de R$ 24,99.

O pacote, chamado Uber Pass, oferece 10% de desconto em viagens de carro na modalidade UberX e entrega grátis em pedidos de Uber Eats que custem mais de R$ 30.

Inclui também entrega grátis na Cornershop a partir de R$ 100. O serviço permite fazer compras de supermercado.

No entanto, além da entrega, o Uber Eats e a Cornershop cobram taxas de serviço, que não terão desconto.

Quem assinar o Uber Pass nos primeiros 30 dias após o lançamento terá um mês grátis dele.

“Com o Uber Pass, tanto o UberX quanto todos os outros serviços que fazem parte da nossa plataforma ficam mais acessíveis a um maior número de pessoas”, disse George Gordon, diretor da Uber para a América Latina, no comunicado que anuncia a novidade.

A Uber vive uma crise em meio à pandemia, que gerou uma enorme quedas nas viagens. Em nível global, a diminuição nas corridas foi de 72% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o primeiro trimestre. Com isso, a receita total caiu 29% na comparação com o mesmo período de 2019.

Já os pedidos de entregas do Uber Eats subiram 49% no segundo trimestre, na comparação com o primeiro, também por efeito da pandemia. Os dados são promissores, mas há forte concorrência de outros apps, como iFood e Rappi. Há também uma campanha dos entregadores para melhorar seus ganhos e condições de trabalho.

O Rappi possui um plano parecido com o Uber Pass, chamado Prime, que custa R$ 29,90 mensais e dá isenção na taxa de entrega para compras acima de R$ 30.

Esse tipo de pacote é interessante para quem faz muitos pedidos ou viagens por mês, mas pode ser um estímulo para que o assinante use os apps mais do que antes e, assim, tenha um aumento de gastos no fim do mês.


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Patinetes da Uber não voltarão a operar em São Paulo https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/07/14/patinetes-da-uber-nao-voltarao-a-operar-em-sao-paulo/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/07/14/patinetes-da-uber-nao-voltarao-a-operar-em-sao-paulo/#respond Tue, 14 Jul 2020 14:44:24 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/Sao-Paulo_1-320x213.png https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1831 O empréstimo de patinetes da Uber, lançado em março em São Paulo, não voltará a operar na cidade.

As patinetes vermelhas e pretas haviam sido retiradas da cidade em meio à pandemia de coronavírus. Procurada pelo blog, a assessoria de imprensa da Uber disse que elas não retornarão mais.

O fim do serviço ocorre em meio a uma decisão global da empresa de deixar de atuar diretamente no empréstimo de patinetes e bicicletas, atividade que possuia em várias cidades do exterior, com a marca Jump.

Em maio, a Uber fez um acordo: repassou para a Lime os seus serviços de bicicletas e patinetes e investiu US$ 170 milhões na empresa.

A Lime é uma das maiores empresas de aluguel de patinetes e bicicletas do mundo, embora esteja encolhendo. Em maio, era avaliada em US$ 510 milhões, mas já teve valor de mercado acima de US$ 1 bilhão.

Com modelos verdes, pretos e brancos, a Lime teve uma breve passagem pelo Brasil: começou a operar em meados de 2019, mas deixou o país no começo de 2020. Ao sair, disse que a decisão foi parte da estratégia de focar em mercados mais lucrativos.

Em outros países onde a Lime ainda opera, será possível emprestar bicicletas e patinetes dela por meio do app da Uber.

A Uber é afetada pela crise do coronavírus, especialmente porque a pandemia levou a uma forte queda nos deslocamentos nas cidades. Em abril, teve 80% de queda nas corridas. No mês seguinte, demitiu ao menos 6.700 funcionários pelo mundo.

A companhia agora busca avançar na entrega de comida e de compras de rotina. No começo de julho, adquiriu a empresa americana de delivery Postmates e incluiu supermercados no serviço Uber Eats.

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Uber lança empréstimo de patinetes elétricas em SP por R$ 0,90 o minuto https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/03/02/uber-lanca-emprestimo-de-patinetes-eletricas-em-sp-por-r-090-o-minuto/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2020/03/02/uber-lanca-emprestimo-de-patinetes-eletricas-em-sp-por-r-090-o-minuto/#respond Mon, 02 Mar 2020 15:09:39 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/Sao-Paulo_1-320x213.png https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1635 A Uber passou a oferecer nesta segunda-feira (2) um serviço de empréstimo de patinetes elétricas na cidade de São Paulo.

Nesta etapa inicial, as viagens custarão R$ 0,90 por minuto, sem taxa de desbloqueio. O valor é menor do que o da concorrente Grin, que cobra R$ 2,25 pelo desbloqueio e mais R$ 0,75 por minuto.

A área inicial de abrangência do serviço vai da marginal Pinheiros ao parque do Ibirapuera, e engloba Vila Olímpia, Vila Nova Conceição e parte da avenida Brigadeiro Faria Lima, até a altura da avenida Cidade Jardim. Curiosamente, o largo da Batata, onde fica uma estação de metrô, ainda está fora da área atendida, que deve ser ampliada aos poucos.

Área inicial de abrangência das patinetes da Uber em São Paulo (Reprodução)

A liberação das patinetes será feita pelo mesmo app usado para chamar carros. A opção já aparece na tela. É possível reservar uma patinete por até 15 minutos antes do empréstimo. Ao chegar perto do veículo, é preciso escanear um código QR para fazer a liberação. 

A chegada das patinetes da Uber ocorre semanas depois de um encolhimento neste mercado: a empresa norte-americana Lime desistiu de operar no país, e a brasileira-mexicana Grow retirou seu serviço de 14 cidades brasileiras, mas manteve sua atuação em São Paulo. O alto custo de manutenção e de troca dos veículos e o custo elevado para os passageiros, na comparação com outros meios de transporte, dificultam a expansão

Perguntado sobre as dificuldades do setor no país, Ruddy Wang, diretor de Novas Modalidades da Uber na América Latina disse ter uma sensação diferente. “A Uber tem uma marca reconhecida, que as pessoas confiam. Não oferecemos só patinete, mas uma solução integrada, com carros, patinetes e informações de transporte público no mesmo app”, disse Ruddy Wang, diretor de Novas Modalidades da Uber na América Latina.

Wang comentou que a ideia é pensar em formas de integrar mais as viagens em diferentes modos no futuro. Nos EUA, por exemplo, há casos em que trajetos de carro dão direito a usar patinetes de graça. 

Em um cenário hipotético, um passageiro preso no trânsito a bordo de um automóvel poderia receber a sugestão de seguir a viagem de patinete, por exemplo. 

A Uber estreou seu serviço de patinetes no Brasil em Santos, em dezembro, e considerou a experiência bastante positiva. “Vamos avaliar os resultados em São Paulo antes de levar as patinetes a mais cidades do país, mas claro que nosso objetivo é expandir”, disse Wang. 

Outro serviço que a Uber oferece em algumas cidades é o empréstimo de bicicletas elétricas, atualmente presente na Cidade do México e em Santiago, no Chile. A vinda delas ao Brasil também dependerá do resultado com as patinetes.

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Uber lança serviço de helicóptero no aeroporto de Nova York por US$ 200 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/10/03/uber-lanca-servico-de-helicoptero-no-aeroporto-de-nova-york-a-partir-de-us-200/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/10/03/uber-lanca-servico-de-helicoptero-no-aeroporto-de-nova-york-a-partir-de-us-200/#respond Thu, 03 Oct 2019 12:50:26 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/10/f796eef1bcddfedc95d7b5cd2664986f200c016930fccb2f6bf091e4eee08692_5d95e1662137d-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1449 A Uber anunciou que terá um serviço de helicóptero com chegadas e partidas no aeroporto JFK, em Nova York, a partir de 7 de outubro, para todos os usuários. O voo poderá ser pedido pelo app.

As viagens farão a conexão do terminal com a região de Lower Manhattan, no sul da ilha (área do World Trade Center). Os voos deverão durar em torno de oito minutos e custarão entre US$ 200 e US$ 225 (cerca de R$ 825 a R$ 925) por pessoa.

O preço inclui transporte de carro pelas ruas, para completar a viagem até o destino final e entre o heliporto e o aeroporto. Os passageiros poderão levar uma bagagem pequena a bordo. O serviço estava em testes desde junho.

O valor cobrado pelo Uber Copter é próximo ao da empresa Blade, que também oferece voos nessa rota, por US$ 195, mas sem incluir o deslocamento final.

Helicóptero operado pela Uber em Nova York (Mike Segar/Reuters)

Um teste feito pela Reuters, no entanto, mostrou que uma viagem entre Midtown (área central de Manhattan, onde fica Times Square) e o aeroporto levou cerca de 70 minutos, somando a viagem de metrô até a parte sul da cidade, mais o voo e o percurso de carro entre heliporto e aeroporto. É o mesmo tempo de um trajeto por táxi com trânsito moderado, segundo a agência.

A Uber disse que pretende expandir gradualmente o serviço para outras regiões da cidade, e diz que os helicópteros são a fase inicial de um projeto que prevê chegar a uma espécie de “táxi voador”: veículos menores e elétricos, capazes de fazer decolagens e pousos verticais.

A empresa planeja lançar voos comerciais de curta distância com esses veículos, que ainda estão em testes, em cidades como Los Angeles, Dallas e Melbourne (Austrália) até 2023.

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Xangai terá teste de táxi sem motorista em área com 1,5 milhão de pessoas https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/09/04/xangai-tera-teste-de-taxi-sem-motorista-em-area-com-15-milhao-de-pessoas/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/09/04/xangai-tera-teste-de-taxi-sem-motorista-em-area-com-15-milhao-de-pessoas/#respond Wed, 04 Sep 2019 18:21:14 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/09/unnamed-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1359 A cidade de Xangai, na China, autorizou na semana passada a operação de um serviço de carros sob demanda sem motorista.

Apelidado de robô-táxi, o serviço será oferecido pela empresa Didi Chuxing e terá 30 modelos diferentes de automóveis. Os veículos rodarão no distrito de Jiading, área de 1,5 milhão de pessoas no subúrbio de Xangai.

Os carros terão nível 4 de autonomia, em uma escala que vai até 5. Nele, o veículo é capaz de guiar a si mesmo de maneira completa, mas o motorista pode assumir o controle se quiser. No padrão 5, não há pedais nem volante.

O anúncio foi feito na sexta (30). O serviço deve começar a operar nos próximos meses, e terá viagens gratuitas. Em alguns casos, haverá um motorista a bordo, para monitorar a direção.

App e carro da Didi (Divulgação)

A empresa espera levar seus robô-táxis a Pequim e a Shenzen até o ano que vem, e para outros países em 2021, segundo
Zhang Bo, chefe de tecnologia da Didi, citado pela agência Reuters.

A companhia, que é dona da empresa brasileira 99, fez uma parceria com a Toyota para trabalhar na criação de novos serviços de mobilidade e no desenvolvimento de carros autônomos.

Várias empresas de tecnologia e montadoras trabalham para lançar serviços com carros autônomos. Em dezembro, a Waymo, ligada ao Google, começou a levar passageiros em robô-táxis em algumas áreas de quatro zonas metropolitanas dos EUA.

No entanto, em julho, a GM adiou o lançamento de robô-táxis em San Francisco, que havia sido anunciado para este ano.

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Taxa sobre Uber e pedágio urbano são ideias debatidas para financiar transporte público https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/08/26/taxa-para-apps-e-pedagio-urbano-sao-ideias-debatidas-para-financiar-transporte-publico/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/08/26/taxa-para-apps-e-pedagio-urbano-sao-ideias-debatidas-para-financiar-transporte-publico/#respond Mon, 26 Aug 2019 19:26:14 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/034bf18bb701ff148fb7df015e1bc0d1dd200d3b8b71e2cc778877ac1245ea76_5d41e011b3563-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1324 Conforme o transporte público perde passageiros, também fica com menos dinheiro. Para repor esse prejuízo, investir em melhorias e recuperar viajantes, entidades do setor de ônibus defendem que mais dinheiro público seja destinado ao setor.

As associações apontam que o transporte público é um serviço social, que dá acesso ao trabalho e ao estudo para as pessoas pobres, e que torna as cidades mais limpas. Quanto mais gente de carro, mais poluição. O espaço das ruas também não daria conta se todo mundo usasse seu automóvel. 

A questão é que falta dinheiro: o governo federal tem anunciado seguidos cortes em áreas sensíveis, como a educação. Com a crise econômica vivida pelo Brasil, a arrecadação de impostos também caiu, o que gera menos dinheiro público.

Assim, empresários e entidades sugerem a criação de novas taxas. A maioria delas seria cobrada, direta ou indiretamente, dos motoristas de carros particulares. 

Desestimular o uso do automóvel é uma política adotada por metrópoles estrangeiras como Londres e Nova York, que investem também na expansão e melhoria das redes públicas. 

A seguir, algumas das estratégias, citadas durante palestras em um seminário da NTU, associação nacional das empresas de transporte urbano, realizado em Brasília na semana passada.

 

  1. Taxar aplicativos

O avanço do uso de apps como Uber e 99 pode gerar receitas para o governo à medida que são criados impostos sobre eles, e essas taxas poderiam ser redirecionadas para custear o transporte público.

Por enquanto, as taxas sobre os aplicativos tendem a ser baixas e não geram recursos no volume necessário para custear um serviço de ônibus, cujos gastos em uma metrópole envolvem centenas de milhões de reais. 

Em São Paulo, por exemplo, cobra-se a partir de R$ 0,10 por km rodado. Elevar essa cobrança levaria ao aumento de preço para os usuários, o que pode prejudicar esse negócio. 

 


2. Pedágio urbano

A proposta, renomeada de taxa de congestionamento, foi anunciada por Nova York neste ano e já é adotada em Londres desde a década passada. Carros que queiram acessar a área central precisam pagar para circular.

Novas tecnologias de leitura de placas permitem fazer a cobrança de modo automático, usando câmeras ou sensores. A medida é defendida também como forma de reduzir a poluição do ar e o trânsito. 

O pedágio urbano pode atingir também os aplicativos de transporte, pois os carros que rodam com passageiros também seriam tarifados.


3. Aumentar a taxa de licenciamento dos carros

O licenciamento anual pago por todos os veículos poderia ter um acréscimo, cujo valor seria repassado para o transporte público. 


4. Imposto sobre combustíveis

Incluir um imposto extra na gasolina ou no etanol para custear o transporte público chegou a ser debatido com mais força após os protestos de 2013, mas a ideia não avançou.


5. Repassar o custo de gratuidades para outros setores

O desconto a estudantes e a isenção da tarifa a idosos, entre outras categorias, acaba sendo compensado pela tarifa paga pelos demais usuários ou pelas prefeituras. A ideia é que outras pastas do governo assumissem esse custo, como usar fundos de educação para pagar a passagem dos estudantes. 

Há também propostas de cobrar de categorias que tem passagem livre, como policiais e carteiros, para que os órgãos responsáveis por eles reembolsem o custo das viagens.


6. Reforma tributária

Empresários esperam que a possível mudança nas regras fiscais possa aliviar os impostos sobre o setor de transportes, ou ao menos evitar que novas taxas sejam cobradas sobre essa área.


7. Emendas parlamentares

Frente ao aperto nas contas de prefeituras, estados e do governo federal, os prefeitos e empresas poderiam pleitear mais dinheiro para o transporte por meio de emendas de deputados federais.

Uma mudança na lei realizada neste ano fez com que essas emendas tenham a liberação obrigatória, algo que não acontecia antes. Isso faz com que elas possam furar a fila de demandas.

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Uber e 99 faturam quase o mesmo que o sistema de ônibus em S. José dos Campos https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/08/21/uber-e-99-faturam-quase-o-mesmo-que-o-sistema-de-onibus-em-s-jose-dos-campos/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/08/21/uber-e-99-faturam-quase-o-mesmo-que-o-sistema-de-onibus-em-s-jose-dos-campos/#respond Wed, 21 Aug 2019 18:42:07 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/47691692782_5d39cf8d2c_k-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1315 O faturamento de aplicativos de transporte sob demanda, como Uber e 99, já é quase o mesmo das empresas de ônibus municipais de São José dos Campos (SP), segundo o prefeito Felício Ramuth (PSDB).

Os apps Uber e 99, únicos que operam na cidade, faturam juntos cerca de R$ 14 milhões por mês. Os ônibus urbanos, cuja frota tem 390 veículos, arrecadam mensalmente R$ 15 milhões em tarifas. 

“A tendência é que os aplicativos ultrapassem o total faturado pelas empresas de transporte público coletivo até o fim do ano”, estima Ramuth.

Na cidade, de 713 mil moradores, aumenta o uso dos apps, enquanto diminui a procura pelo transporte público. Desde meados de 2017, o uso dos aplicativo aumentou quatro vezes. Neste mesmo período, os ônibus perderam entre 12% e 15% das viagens.

Ônibus municipal de São José dos Campos (Divulgação)

Segundo o prefeito, a maior parte dos clientes de aplicativos não usava antes os ônibus nem os táxis. Uma parcela deles trocou a rede pública por carros sob demanda, mas outros fatores pesaram mais para a perda de passageiros, como as altas na tarifa e o desemprego. Na cidade, 60% das viagens de ônibus são pagas com vale transporte.

São José cobra uma taxa de 1% sobre as corridas de aplicativos. As empresas de transporte público são isentas de impostos municipais.

“O dinheiro arrecadado dos aplicativos vai para um fundo voltado para a mobilidade, mas é insuficiente para compensar os gastos do sistema de ônibus”, diz Ramuth.

A prefeitura não dá subsídio aos ônibus, como ocorre em cidades com São Paulo: todo o custo é coberto pela arrecadação de tarifas.

Para tentar atrair mais passageiros, a prefeitura planeja a criação de um corredor de ônibus. E também irá modelar as regras da nova licitação do transporte público para abrir espaço a inovações, como o transporte por vans chamado por aplicativo. Os novos contratos devem entrar em vigor em 2021.

 

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Cidade canadense troca serviço de ônibus por viagens de Uber https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/08/16/cidade-troca-servico-de-onibus-por-viagens-de-uber-para-os-moradores-no-canada/ https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2019/08/16/cidade-troca-servico-de-onibus-por-viagens-de-uber-para-os-moradores-no-canada/#respond Fri, 16 Aug 2019 16:22:25 +0000 https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/6fc7cdf31c4d07242ad7924845fd95859b8658de1724d9d75bd442f3bac5eec4_5ae7db0c9b254-320x213.jpg https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/?p=1287 A cidade de Innisfil, no Canadá, fez uma mudança radical: em vez de pagar uma empresa para manter uma frota de ônibus rodando dia e noite, resolveu subsidiar viagens de Uber para os seus moradores.

Assim, em vez de ir até o ponto e esperar o ônibus, os passageiros abrem um aplicativo e dizem para onde querem ir. Se a viagem tiver como partida ou destino algum dos principais endereços da cidade, como a estação de trem ou a sede da prefeitura, o passageiro paga entre 4 e 6 dólares canadenses (R$ 12 a R$ 18), valor próximo ao de uma tarifa de ônibus no país. O governo subsidia o resto do custo da viagem.

Nos demais trajetos, ocorre o inverso: o município paga até 4 dólares canadenses do total da viagem, e o resto fica por conta do morador.

As viagens são feitas na modalidade compartilhada: os passageiros podem ter de dividir a viagem com pessoas desconhecidas que vão na mesma direção.

O programa também permite o uso por adolescentes, mas neste caso os pais podem acompanhar o deslocamento à distância. Para atender a pessoas sem habilidades com smartphones, especialmente idosos, foi criado um serviço para pedir carros por telefone.

Situada nos arredores de Toronto, Innisfil tem 36 mil habitantes, espalhados em áreas com poucos moradores, o que encarece manter um serviço de ônibus rodando o dia todo.

Um estudo da prefeitura apontou que manter apenas um ônibus rodando o ano todo custaria 270 mil dólares locais (R$ 810 mil). O governo então procurou outra opção, e percebeu que usar esse dinheiro para custear viagens de carro sob demanda seria mais efetivo, segundo um relatório da gestão municipal.

O modelo começou a ser adotado em meados de 2017. O subsídio médio gasto por viagem foi de 7 dólares canadenses (R$ 21). Se a rota de ônibus fosse mantida, seria necessário completar 33 dólares canadenses (R$ 99) por cada deslocamento individual.

Uma pesquisa realizada no fim de 2018 apontou que 66% dos usuários aprovavam o serviço. Essa satisfação levou ao aumento de viagens. Em 2018, foram feitos 85 mil pedidos, o que gerou um gasto maior de subsídio. No ano passado, foram gastos 640 mil dólares canadenses (R$ 1,9 milhão) do orçamento público com Uber, valor quatro vezes maior do que em 2017.

“Uma diferença chave é que, neste modelo, um aumento das viagens leva diretamente a uma elevação nos custos, sendo que no sistema de ônibus tradicional, ter mais passageiros leva à redução geral dos custos”, aponta um relatório municipal.

A saída para conter gastos foi aumentar a tarifa mínima cobrada dos usuários, além de restringir a 30 o total de viagens mensais para cada pessoa. No início, não havia limite. A prefeitura renovou o programa neste ano e pretende reavaliá-lo de novo no início de 2020.

Críticos do programa apontam que dividir as viagens coletivas em carros menores aumenta a emissão de poluentes. Em 2018, só 31% dos trajetos feitos foram compartilhados por passageiros diferentes.

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